Educação

Estudantes de Londrina criam adesivo biodegradável que alerta para radiação solar

16 set 2025 às 22:25

Um adesivo inteligente e biodegradável, capaz de mudar de cor conforme o acúmulo de radiação solar, foi criado por três estudantes de Londrina. A ideia inovadora tem como principal objetivo ajudar na prevenção de doenças de pele, como o câncer, causadas pela exposição excessiva ao sol.


O dispositivo usa como base o bergapteno, uma substância fotossensível presente em frutas cítricas como laranja e limão. Ele pode ser aplicado diretamente sobre a pele ou nas roupas, funcionando como um indicador acessível e educativo. À medida que a exposição solar aumenta, o adesivo muda de cor, alertando para os riscos à saúde.

“No sexto e sétimo ano, eu tinha um projeto sobre a tecnologia 5G e rumores de que ela poderia causar câncer de pele. Foi aí que surgiu a ideia de criar algo biodegradável e acessível que ajudasse as pessoas a identificar o nível de radiação”, explicou Sarah Milad Barizi, de 15 anos, idealizadora do projeto.

Ciência, criatividade e empreendedorismo

A iniciativa foi desenvolvida dentro do programa Jovens for Schools, que une educação empreendedora, financeira e socioemocional. O projeto contou com o apoio de professores da instituição de ensino e foi apresentado em uma competição nacional, com mais de 40 escolas participantes. O grupo ficou entre os oito finalistas.

''É um programa que trabalha várias áreas importantes da formação dos estudantes. Eles desenvolvem produtos e projetos com foco em impacto social”, destacou o professor Alisson Sanches, coordenador do programa.

Atenção de investidores e parcerias com universidades

Mesmo sem levar o troféu da competição, as estudantes chamaram a atenção de investidores e universidades, que já ofereceram laboratórios e apoio técnico para a continuidade do desenvolvimento do adesivo.

“Elas já têm parcerias com universidades e empresas que se interessaram em levar adiante o projeto. É uma ideia de longo prazo, que exige dedicação e pesquisa, mas com alto potencial de impacto”, disse o professor Alisson.


Sarah também comentou sobre os próximos passos do grupo: “Queremos pesquisar mais sobre os tipos de pele, então sempre vai haver necessidade de personalizar o adesivo para diferentes perfis.”

Um aliado na prevenção de doenças de pele

O adesivo fotossensível não substitui o uso de protetor solar, mas funciona como um instrumento complementar de prevenção. A ideia é que, ao alertar sobre a radiação acumulada, ele ajude a reduzir os riscos de queimaduras, envelhecimento precoce e câncer de pele.


Mesmo ainda em fase de protótipo, o adesivo representa um avanço importante na união entre ciência, educação e consciência ambiental. Cada novo teste aproxima as estudantes do sonho de ver a criação ganhar o mercado e proteger a saúde de milhares de pessoas.