O mundo da Fórmula 1 se despediu, nesta quinta-feira (20), de um dos maiores nomes do paddock, Eddie Jordan. Aos 76 anos, o empresário, ex-piloto e dirigente esportivo irlandês lutava, desde 2024, contra agressivos tumores na próstata e na bexiga.
Ao longo da história, a Jordan disputou 250 corridas, com quatro vitórias, e somou 291 pontos. Até hoje, é a décima equipe que mais somou pontos na história da F1 sem ter sido campeã. Porém, deixou a sua marca na maior categoria de automobilismo do mundo pela sua “personalidade” e por revelar nomes como Michael Schumacher e Rubens Barrichello.
Michael Schumacher - 1991
Antes de fazer a sua estreia na Fórmula 1, Michael Schumacher disputava o Mundial de Esporte Protótipos da FIA em 1991. O alemão, com então 22 anos, entrou na Jordan no lugar do piloto Bertrand Gachot, condenado a 18 meses de prisão por agressão a um motorista durante uma discussão no trânsito na Inglaterra, no ano anterior.
A Mercedes financiou a operação de US$ 300 mil para a equipe de Eddie Jordan e no dia 25 de agosto Michael Schumacher chegava a Fórmula 1 para o seu primeiro GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps. Nos treinos livres, Schumacher ficou a apenas meio segundo de Andrea de Cesaris, seu companheiro de equipe. Porém, na classificação, surpreendeu e garantiu a sétima posição no grid, enquanto o italiano em 11º.
Schumacher largou lado a lado com a Benetton de Roberto Pupo Moreno. No entanto, a corrida estreante durou apenas 300 metros após problemas na embreagem.
Um ponto interessante nesse início de jornada de Schumacher na Fórmula 1 era que, antes mesmo dos primeiros treinos livres, Eddie Jordan queria que o alemão assinasse um contrato de três anos. No entanto, ele preferiu adiar qualquer decisão até depois do GP. Sua estreia na Benneton em 1992 já é história para outro texto.
Rubens Barrichello - 1993
No dia 14 de março de 1993, Rubens Barrichello começava a sua longa carreira com 326 GPs disputados, 11 vitórias e 68 pódios na Fórmula 1 com a equipe de Eddie Jondan. O estreante brasileiro chegava em Kyalami, na África do Sul, após ter sido terceiro colocado na Fórmula 3000 (o equivalente à F2 atualmente) em 1992.
Rubinho se classificou na 14ª posição entre os 26 pilotos do grid para a corrida, superando seu experiente companheiro de equipe, Ivan Capelli. Na corrida, Barrichello largou bem e ganhou três posições antes da primeira curva, mas acabou caindo para 14º.
Com um ritmo forte, seguiu avançando no pelotão, subindo para 13º na sexta volta e alcançando a décima posição na 20ª. Na 31ª volta, já ocupava um excelente sétimo lugar, a apenas uma posição da zona de pontuação da época. No entanto, a falta de confiabilidade da Jordan, forçou seu abandono prematuro.