A Ferrari atravessa um dos momentos mais delicados de sua história recente na Fórmula 1. Com a última vitória em 2024 (Carlos Sainz - GP do México) e apenas em terceiro lugar no Mundial de Construtores, a equipe de Maranello enfrenta uma crise interna, além da crescente insatisfação de Lewis Hamilton e Charles Leclerc.
De acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, o problema não está apenas no projeto do carro, mas sobretudo na forma como a Scuderia tem conduzido suas atividades de pista.
A publicação revela que Matteo Togninalli, coordenador das operações de pista, voltou a ser questionado dentro da equipe, mesmo após ter recuperado prestígio junto ao vice-chefe Jerome D’Ambrosio e ao diretor técnico Loïc Serra. A tensão entre engenheiros e o comando técnico teria aumentado após sucessivos erros na preparação e execução de corridas.
Hamilton cobra mudanças na Ferrari
Um dos mais afetados por esse cenário é Lewis Hamilton, que teria enviado recentemente um novo relatório à alta cúpula da Ferrari cobrando alterações nos métodos de trabalho e maior agilidade na tomada de decisões.
O britânico, que esperava ter voz ativa nas escolhas técnicas, viu vários de seus pedidos serem IGNORADOS. Hamilton também estaria frustrado com a burocracia interna e o excesso de centralização nas decisões, o que limitaria a capacidade da equipe de reagir em tempo real — especialmente nas classificações, onde detalhes fazem a diferença.
O Corriere ressalta que o cenário vivido por Hamilton é semelhante ao enfrentado por Sebastian Vettel em sua passagem por Maranello. A diferença é que, em 2015, Vettel ainda contava com uma estrutura mais sólida, capaz de aproveitar as oportunidades quando surgiam.