O Circuito de Monte Carlo tem características que não aparecem em nenhuma outra pista do calendário da Fórmula 1. Com retas curtas e curvas fechadas, tem a menor média de velocidade de toda a temporada.
E, por isso mesmo, o Grande Prêmio de Mônaco vê as equipes apostando em peças que não aparecem em nenhuma outra etapa do ano. Quem explica isso é Giorgio Piola, ilustrador e comentarista esportivo italiano.
Segundo Piola, “Mônaco é um circuito de rua, então você tem que adaptar o carro da Fórmula 1 para fazer curvas lentas”. “Um carro da Fórmula 1 é péssimo de manobrar, então você precisa ter mais dirigibilidade”, argumenta.
As equipes não trazem atualizações ao GP de Mônaco para a sequência da temporada, mas novidades que duram três dias – de sexta-feira a domingo. É o caso da Ferrari.
“A suspensão deve ser modificada em todos os carros, e também a altura na dianteira do carro é muito maior do que em outras corridas. Porque, com as curvas lentos e as ondulações, você precisa ter o carro mais relativamente mais alto”, exemplificou Piola.
É também o caso da Red Bull. Segundo Piola, a equipe aposta principalmente nos dutos de ar para resfriar os freios, bastante exigidos no traçado monegasco.
“Graças ao fato de ser um circuito de baixa velocidade, muitas zonas de frenagem, você precisa resfriar os freios, então as entradas dos freios são maiores do que em outros circuitos. Elas não são muito boas na aerodinâmica, mas sabemos que, em Monte Carlo, a aerodinâmica e a eficiência são menos importantes. Você precisa ser confiável”, explicou.