O Brasil conquistou o bronze no skate park masculino nos Jogos Olímpicos nesta quarta-feira (7). Augusto Akio, que brincou com malabares entre uma volta e outra, pontuou 91.85 em sua volta final e ficou na terceira colocação na final da modalidade.
Em uma final de alto nível, Akio Arriscou tudo, tanto que caiu na primeira manobra em sua primeira volta. A ousadia pagou na última passagem pelo parque. Com uma volta quase perfeita, o “Japinha” assumiu a terceira colocação da prova.
O australiano Keegan Palmer ficou com o ouro, com 93.11, enquanto o norte-americano Tom Schaar foi a medalha de prata, com 92.23.
Também brasileiros, Pedro barros foi o quarto, com 91.65, enquanto Luigi Cini foi o sétimo, com 76.89.
Como foi a classificação
Abrindo a terceira bateria, Pedro Barros conseguiu nota 89,24 logo na primeira apresentação, saltando de primeira para o quarto lugar na classificação geral. Augusto Akio veio na sequência e conseguiu um 88,79, em quinto lugar.
Na segunda descida, logo de cara, Pedro sofreu uma queda que rendeu uma protocolar nota 2,83. Augusto também caiu, recebendo um 29,33. Ambos mantiveram as notas das primeiras descidas no ranking, mas foram superados pelo italiano Alex Sorgente, que encaixou uma nota 91,14, saltou para o terceiro lugar geral e garantiu vaga.
Pedro caiu de novo no fim da terceira descida, mas a ponto de receber um 81,00. Augusto, por sua vez, completou a descida e melhorou a nota para 88,98, mas ainda permanecendo na sexta colocação.
Na quarta bateria, Luigi Cini conseguiu nota 89,10 logo na primeira descida e subiu para o sexto lugar, atrás de Pedro Barros e à frente de Augusto Akio. Sofreu uma queda na segunda e recebeu 29,33. Na terceira, nova queda, nota 12,00 e a pontuação da primeira descida mantida.
Volta por cima
Para Pedro Barros, a participação foi motivo de especial comemoração. Prata da disputa na Olimpíada de Tóquio-2020, disputada em 2021, o catarinense chegou a se afastar da modalidade por um ano depois disso. No entanto, voltou a tempo de conquistar a vaga para Paris-2024.
“O desafio foi chegar até aqui, na verdade. Depois da minha última Olimpíada, eu achei até que não ia competir sério. Peguei um ano que eu fiquei bem afastado do skate, também fique bem afastado de mim mesmo. Isso foi algo duro, difícil. Mas poder superar e buscar nossa essência de volta, aquilo que faz a gente brilhar, eu acho que é algo sempre muito importante em nossas vidas”, disse Pedro à BandNews FM, celebrando a presença de fãs depois de ter disputado Tóquio-2020 com restrições referentes à pandemia de covid-19.
“Temos que correr atrás de nossos sonhos, temos que acreditar. Cheguei até aqui, estou na Olimpíada de Paris, com público desta vez, fora da pandemia, podendo vivenciar um pouco mais essa energia e podendo passar um pouco a mensagem do skate”, completou.