O ano de 2025 entrou para a história do futebol brasileiro como o "ano do bilhão". Pela primeira vez, o montante destinado a premiações ultrapassou a marca de R$ 2 bilhões, distribuídos entre 146 equipes. Impulsionados pelo novo Mundial de Clubes e pelas cifras dolarizadas da Conmebol, clubes como Flamengo, Fluminense e Palmeiras atingiram patamares financeiros sem precedentes.
O sucesso esportivo nunca foi tão lucrativo, criando um novo pilar orçamentário para os gigantes nacionais e transformando a realidade de clubes emergentes, como o Mirassol.
O Top 5 da ostentação: Mundial faz a diferença
O ranking de faturamento é liderado por clubes que garantiram presença na elite global. O Flamengo termina a temporada no topo, com impressionantes R$ 418,7 milhões em prêmios. O destaque fica para a Libertadores (R$ 177,2 milhões) e o Mundial de Clubes (R$ 147,7 milhões), onde o Rubro-Negro chegou às quartas de final.
O Fluminense aparece logo atrás, com R$ 401,1 milhões. A curiosidade é que mais de 80% desse valor veio exclusivamente da campanha no Mundial, que rendeu R$ 331 milhões ao Tricolor das Laranjeiras. Palmeiras e Botafogo completam o bloco dos "milionários da Fifa".
Fechando o Top 5, o Corinthians prova o valor das competições nacionais. Com o título da Copa do Brasil, o Timão acumulou R$ 132,4 milhões, sendo que quase R$ 100 milhões vieram apenas da conquista do mata-mata contra o Vasco.
Confira o ranking dos clubes que mais faturaram em 2025:
- Flamengo: R$ 418,7 milhões
- Fluminense: R$ 401,1 milhões
- Palmeiras: R$ 357,6 milhões
- Botafogo: R$ 229,8 milhões
- Corinthians: R$ 132,4 milhões
- Bahia: R$ 79,7 milhões
- São Paulo: R$ 77,1 milhões
- Cruzeiro: R$ 69,4 milhões
- Vasco: R$ 65,7 milhões
- Atlético-MG: R$ 65,3 milhões
A ascensão meteórica do Mirassol
Se os gigantes confirmaram o favoritismo financeiro, o Mirassol é a grande história de gestão do ano. Em 2024, o clube faturou R$ 60 milhões em todo o ano (incluindo TV e patrocínios). Em 2025, o time do interior paulista deve receber esse mesmo valor apenas em premiações.
Com a 4ª colocação no Brasileirão, o clube deve embolsar cerca de R$ 45 milhões da CBF. Somando-se aos R$ 16 milhões fixos pela participação na fase de grupos da Libertadores de 2026, o Mirassol consolida-se como um novo player de peso no cenário nacional.
Análise: O abismo competitivo
Especialistas alertam que o sucesso em campo agora se monetiza de forma imediata e exponencial. Segundo Thales Rangel Mafia, da Multimarcas Consórcios, esse volume de dinheiro "alimenta um abismo competitivo: o dinheiro financia a performance, que gera mais premiações". O desafio para os clubes agora é gerir essa nova realidade onde os prêmios deixaram de ser bônus para virarem pilar central do planejamento.