Toda a Espanha enfrenta, nesta segunda-feira (28), uma queda de energia que também afeta grande parte de Portugal e o sul da França. Mais de 40 milhões de pessoas foram impactadas pelo apagão até o momento.
Após horas sem energia, partes da Espanha já tiveram o serviço restabelecido. A Red Eléctrica, operadora de energia do país, ainda não determinou a causa do apagão e informou que investiga até mesmo a possibilidade de um ataque cibernético. Países como Bélgica, Alemanha e Itália também registraram quedas de energia.
“Mais de 1/5 da procura peninsular já foi recuperada, com 5.508 MW provenientes da produção autônoma e da interligação com a França”, informou a Red Eléctrica.
O apagão também afetou serviços de comunicação: redes Wi-Fi foram interrompidas e até o metrô apresentou falhas. Cidades como Sevilha, Barcelona e Pamplona ficaram no escuro, e apenas parte do serviço foi restabelecida até o momento, mesmo com a ativação de operações de emergência.
Inicialmente, considerou-se que a causa poderia ser uma falha de conexão em toda a Península Ibérica, hipótese que ainda está sob investigação. O apagão ocorreu por volta das 12h30 no horário local, o que corresponde a aproximadamente 7h da manhã no horário de Brasília.
Quanto à origem da falha, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que não há indícios de um ataque cibernético — possibilidade levantada anteriormente pela Red Eléctrica.
Em um segundo momento, a REN (Redes Energéticas Nacionais), operadora elétrica de Portugal, declarou que a interrupção no fornecimento de energia foi resultado de uma falha na rede elétrica espanhola, relacionada a um fenômeno atmosférico raro conhecido como “vibração atmosférica induzida”.
Esse fenômeno, também chamado de vibração atmosférica reduzida, ocorre quando oscilações de baixa frequência (entre 0,1 e 10 Hz) afetam os condutores e componentes da rede elétrica. As oscilações são provocadas pela interação entre fenômenos elétricos e condições climáticas, como alta umidade ou irregularidades na superfície dos cabos.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, destacou que, até o momento, a causa do apagão permanece inconclusiva.