Paraná

Alimentação balanceada: Estado contrata mais 70 nutricionistas para atuar nas escolas

15 out 2024 às 16:40

Mais 70 profissionais de nutrição vão apoiar e supervisionar as demandas do Programa Estadual da Alimentação Escolar – PEAE, coordenado pelo Instituto Fundepar, nos 32 Núcleos Regionais de Educação do Paraná (NRE). O órgão é responsável pela compra e distribuição de alimentos para o preparo de cerca de 1,2 milhão de refeições por dia, servidas em cerca de 2 mil escolas, nos 399 municípios do estado do Paraná.


Os nutricionistas vão atuar diretamente nas escolas com a função de orientar as boas práticas nas cozinhas, elaborar preparações, verificar estoques, orientar as merendeiras, averiguar se o cardápio padronizado está sendo executado e observar a quantidade de alimentação consumida pelos alunos.


O reforço foi viabilizado por meio de contrato, via licitação, de uma empresa de consultoria. Na primeira quinzena de outubro os profissionais se integraram com a equipe técnica do Fundepar e já nesta segunda quinzena atuarão nas unidades de ensino estaduais.


“A principal função é orientar para que a qualidade dos alimentos não apenas continue excelente, mas para que avancemos ainda mais. Nós já somos a melhor alimentação e educação do Brasil, mas isso é para irmos além, garantindo uma segurança sanitária e nutricional dentro das escolas.” destacou a coordenadora de Planejamento da Alimentação Escolar do Instituto, Rosangela Mara Slomski Oliveira.


A diretora-presidente do Fundepar, Eliane Teruel Carmona reforçou que trata-se de uma iniciativa fundamental para garantir a qualidade e a segurança alimentar dos estudantes da rede estadual em todo o Paraná.


“Os nutricionistas desempenham um papel essencial no planejamento e na supervisão das refeições escolares, assegurando que os alunos tenham acesso a uma alimentação saudável e balanceada, que contribua para seu desenvolvimento e desempenho escolares”, disse ela.


Eliane acrescentou que ao fortalecer a equipe com profissionais qualificados, investe-se diretamente na saúde e no futuro dos alunos. “E os benefícios vão além. Também promovemos práticas alimentares conscientes e saudáveis na comunidade escolar”, disse a diretora-presidente do Fundepar.


As escolas estaduais recebem ao longo do ano cinco remessas de alimentação, entre alimentos perecíveis e não perecíveis, com aproximadamente 3.420.234 kg de alimentos não perecíveis por remessa, garantindo assim refeições adequadas durante o período escolar. São 100% das escolas estaduais atendidas pelo programa, além das Ações Pedagógicas Descentralizadas (APEDS).


São distribuídos insumos como arroz polido, arroz polido orgânico, feijão carioca, feijão preto orgânico, fubá de milho, molho de tomate, canjiquinha, sucos, biscoito integral, biscoito polvilho salgado sem glúten, biscoito integral chocolate sem lactose, entre outros.


Além disso, há também a distribuição periódica de itens perecíveis, como carnes congeladas, pães, ovos, frutas e produtos da agricultura familiar.


A boa alimentação oferecida nas escolas é fundamental pois desempenha papel na educação nutricional dos alunos, pois fortalece o aprendizado, ajuda os estudantes a manterem-se mais concentrados em sala de aula e ensina hábitos saudáveis.


PROCESSO – Os gêneros alimentícios não perecíveis (a chamada merenda seca) são entregues pelos fornecedores na unidade armazenadora do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Os produtos são separados, pesados e acondicionados de acordo com o padrão de armazenagem e identificados por escolas, seguindo as guias de remessa emitidas pelo Fundepar, para então serem distribuídos.


MAIS MERENDA – Desde 2022, os mais de 1 milhão de alunos da rede estadual de ensino recebem três refeições por dia. O Mais Merenda oferece um lanche na entrada e outro na saída de cada turno, além da merenda regular que já é dada nos intervalos das aulas.


No Estado, 192 cooperativas vendem seus alimentos para a merenda da rede estadual, beneficiando cerca de 25 mil famílias de produtores. O investimento em alimentação previsto para todo o ano é de cerca de R$ 550 milhões.