Os alunos do terceiro ano do Colégio Estadual Benjamin Constant não terão a festa de formatura que estava prevista para esta quinta-feira (21). É que o dinheiro que seria usado para quitar o evento sumiu. Na escola, ninguém quis gravar entrevista, mas confirmaram que o motivo do cancelamento foi que a festa não foi paga. Os alunos fizeram tudo certinho, quitaram os convites todos os meses, R$ 180 cada um. O acerto era feito com o Secretário da escola. O problema era que ele não repassa o que recebia. O calote foi descoberto há uma semana, pouco tempo depois, o secretário pediu afastamento e não apareceu mais.
A festa para os 33 alunos seria em um espaço que estava reservado desde abril, quando os alunos começaram a fazer os pagamentos. Uma das pessoas lesadas é a Rose, mãe de um aluno. Ela conta que todos foram avisados, em cima hora, que o local teria suspendido a festa, mas quando foi investigar, viu o tamanho do problema. "Eu liguei no Empório Guimarães, porque não acreditei que foi cancelado em cima da hora. Mas eles falaram que o Fabio ligou lá dia 16 de setembro pedindo o cancelamento por falta de pagamento", explica.
Até agora, 20 pais registraram boletim de ocorrência e contrataram um advogado que vai pedir na Justiça que os responsáveis sejam punidos. "Como é uma escola estadual, é o estado que vai responder por isso. Então o Núcleo que representa o Paraná na questão da educação terá que ser acionado com a escola. Já registramos os boletins de ocorrência e vamos levar a situação para o Ministério Público, que depois vai tomar algumas medidas na esfera cível para tentar o ressarcimento", afirma Miguel El Kadri. Ele acredita que a escola também é responsável, já que os contratos foram com a instituição. "O colégio é responsável porque foi ele que recebeu o dinheiro dos alunos. Sendo assim, os contratos junto ao Empório teriam sido feitos pela escola, que são o secretário e o diretor", ressalta.
(Reportagem: Ticianna Mujalli)