A BR-369 é uma rodovia que corta grande municípios do Paraná, como Cascavel e Londrina, e também do estado de São Paulo. É uma estrada que desempenha papel fundamental no cenário do transporte rodoviário. Rota das riquezas, mas também do tráfico de drogas, de armas e do contrabando.

Depois de cruzarem a fronteira do Brasil com o Paraguai, as facções e grupos criminosos usam as rodovias do oeste e noroeste para chegarem aos estados do sudeste do país. Os carregamentos ilícitos podem estar em qualquer veículo. Por isso, os policiais rodoviários federais ficam atentos a cada detalhe durante as abordagens.

A delegacia da Polícia Rodoviária Federal, de Londrina, é responsável pelo patrulhamento de 558 quilômetros de rodovias do norte e norte pioneiro. Além da BR-369, também têm as BRs 153 e 376. Os traficantes e contrabandistas, estrategicamente, dividem as cargas em lotes menores e usam caminhões, ônibus e carros para o transporte. Esses veículos usam o entroncamento com as vias estaduais e apenas passam pequenos trechos das BRs, o que facilita o escoamento de drogas para o interior do país.

Existem ainda as quadrilhas que arriscam levar grandes quantidades de uma vez só. Um exemplo é a apreensão de sete toneladas de maconha, na PR-218, feita em junho deste ano, em Astorga. A droga, que iria para o Rio de Janeiro, estava em um caminhão, em meio a sacos de ração para cães.

Nos primeiros seis meses de 2024, a PRF de Londrina apreendeu 22,5 toneladas de maconha. Isso é quase quatro vezes maior que no mesmo período do ano passado (6,6 toneladas de maconha).

A quantidade de cocaína também cresceu. De janeiro ao fim de junho foram apreendidos 343 quilos, enquanto em 2023, nessa mesma época, foram apenas 300 gramas. Os PRFs ainda pegaram três fuzis e quase 72 quilos de skank, que é a supermaconh. Além da apreensão de quase dois milhões de maços de cigarros, três vezes mais que no primeiro semestre de 2023.