Diretores dos 21 colégios agrícolas e dois florestais da rede estadual de educação do Paraná receberam nesta quinta-feira (30) equipamentos que serão utilizados na chamada agricultura de precisão. A cerimônia de entrega foi realizada no Colégio Estadual de Educação Profissional (CEEP) da Lapa, Região Metropolitana de Curitiba, e contou com a presença do secretário do Estado da Educação, Roni Miranda, do presidente do Sistema Faep/Senar, Ágide Meneguette, além de alunos e lideranças políticas.
Integram o pacote de equipamentos 23 drones, 21 aparelhos de GPS portáteis, 23 GPSs agrícolas, 23 tablets, amostradores de solo, fluxômetros, termohigroanemometro para medir a temperatura e a umidade do solo e kits de ordenha e de aplicação de agroquímicos. Eles vão chegar a mais de 1,5 mil alunos de todas as regiões do Estado, que já passaram por 11 mil horas de cursos de capacitação. O investimento de cerca de R$ 3 milhões é fruto de uma parceria entre a Secretaria Estadual da Educação (Seed) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/PR).
“Este momento representa uma nova era para os colégios agrícolas, que fazem parte da nossa educação profissional, que forma jovens direto para o mercado de trabalho. E nesse caso, esses meninos e meninas estão sendo preparados para trabalhar nas propriedades de suas famílias ou em empresas. É a garantia de um futuro melhor para eles”, afirmou Miranda. ”Essa parceria com o Senar demonstra que o setor do agronegócio está olhando com carinho e investindo na educação pública de qualidade”.
“A parceria entre o Senar e a Seed vai até 2030. Estamos felizes em apoiar a educação do Paraná e contribuir para a formação de novos profissionais no nosso setor”, disse Meneguette.
Para Renato Hey Gondin, coordenador dos colégios agrícolas paranaenses, com a nova aquisição os alunos terão acesso ao que há de mais moderno no setor. “É a era da inovação tecnológica que se inicia nos colégios agrícolas e florestais. Agora vai ser possível gerar aumento de receita para as próprias escolas, já que elas têm as suas plantações e poderão expandir as colheitas. Além disso, os nossos alunos poderão ter um campo maior de trabalho, devido ao conhecimento apurado dessa tecnologia”, observou.
Nelson Alexandre Zarth, diretor do Centro Estadual de Educação Profissional Assis Brasil, de Clevelândia, no Sudoeste do Estado, afirmou que pelo menos 200 dos 300 estudantes da instituição são filhos de pequenos agricultores da região e que a nova tecnologia pode transformar a condição de vida das famílias. “Essa tecnologia vem aprimorar ainda mais os conhecimentos dos nossos alunos para obter melhores resultados", destacou.