Paraná

Crime brutal: jovem de 19 anos mata o próprio filho recém-nascido no Paraná

20 ago 2025 às 22:08

Uma jovem de 19 anos foi presa em flagrante por homicídio após matar o próprio filho recém-nascido na madrugada de quarta-feira (19), em Ponta Grossa (PR). O bebê, que após sua morte recebeu o nome de Gustavo Moreira, foi encontrado sem vida em uma sacola plástica no quintal da residência da família.


Segundo informações da Polícia Civil, a jovem procurou atendimento médico alegando problemas de hemorroida, mas o exame físico revelou que ela havia passado recentemente por trabalho de parto. Questionada pelos médicos, ela inicialmente afirmou que a criança havia nascido sem vida e sido enterrada no terreno da residência.


A equipe da Guarda Municipal, na sequência, se deslocou até a casa e localizou o corpo do recém-nascido em uma sacola plástica, junto aos lixos da residência, atrás da casa.


Prosseguindo nas investigações, foi verificado no exame de necropsia que a criança nasceu viva, aparentemente com nove meses de gestação, pesando 3 kg e medindo 50 cm, sendo posteriormente assassinada com golpes de objeto perfurocontundente, causando-lhe diversas lesões e um traumatismo craniano, que foi a causa efetiva da morte. Foi identificada ainda a presença de equimoses no pulmão, indicando aspiração de sangue e sofrimento antes da morte.


De acordo com o delegado responsável pelo caso, Luís Gustavo Timossi, “as lesões encontradas são compatíveis com uma tesoura encontrada no banheiro da residência, onde a vítima foi assassinada”.


Diante dos novos elementos coletados, a suspeita foi ouvida e confrontada com os resultados preliminares da necropsia, momento em que a jovem confessou o crime, admitindo que a gravidez era indesejada e que o pai da criança não a assumiria. Disse ainda que decidiu não querer o filho e que o atacou logo após o nascimento. Durante o interrogatório, revelou que havia tentado provocar aborto durante a gestação.


A investigação apontou que a jovem escondeu a gravidez da família durante todo o período, usando roupas largas para disfarçar a barriga. Familiares relataram ter desconfiado da gestação, mas ela sempre negava estar grávida.


A família da vítima encontra-se profundamente consternada com a situação. Parentes próximos declararam à polícia que jamais desamparariam a criança e que teriam assumido os cuidados do bebê caso soubessem da gravidez.


O delegado informou ainda que representou pela prisão preventiva da jovem, que foi autuada por homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e crime contra menor de 14 anos) e por ocultação de cadáver.


O caso segue sob investigação da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, setor de homicídios. A jovem permanece custodiada, aguardando audiência de custódia.