O Governo do Paraná realizou nesta quinta-feira (27), em Curitiba, a capacitação dos técnicos pedagogos representantes dos 32 Núcleos Regionais de Educação do Estado, além de representantes do Centro de Apoio para Pessoa Cega (CAPs), para utilização dos óculos de inteligência artificial que serão destinados a todos os alunos cegos do sistema de ensino estadual.
O projeto, executado pela Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), vai entregar gratuitamente para 147 crianças e adolescentes os óculos OrCam MyEye 2.0. O dispositivo é discreto e fica acoplado na haste do óculos, capaz de escanear textos, identificar rostos, cores e até cédulas, e transformar essas informações em áudio. As entregas serão realizadas a partir de agosto em todo Paraná.
O secretário da Inovação, Marcelo Rangel, destaca que a primeira remessa, com 77 equipamentos, já foi entregue ao governo estadual. “Eu estou muito feliz e emocionado de ver esse projeto avançando porque isso é transformação de vida das pessoas. Nós recebemos os primeiros equipamentos com inteligência artificial e esse treinamento é fundamental para implantação desta tecnologia”, afirma.
O treinamento, realizado pela Secretaria da Educação (Seed/PR), é um passo importante do projeto porque os dispositivos serão utilizados inicialmente somente em sala de aula para adaptação gradativa dos alunos, para posteriormente serem usados fora do ambiente escolar.
“Essa formação para os técnicos que vão atuar com nossos estudantes é muito importante. Claro que temos muito para avançar, mas esse dispositivo que será disponibilizado para esses jovens vai auxiliar no aprendizado com mais uma tecnologia disponível”, afirma a diretora-geral da Seed, Louise Caroline Campos Low.
A chefe do Departamento de Educação Inclusiva, Maira de Oliveira, coordenou o treinamento para os núcleos regionais. Ela destacou que o projeto de inovação para alunos com deficiência visual é um aliado do processo de escolarização. “É mais uma ferramenta e metodologia de ensino. Outro destaque é que o dispositivo não vai ficar apenas na escola, mas também pode ir para os outros ambientes da vida dessas crianças”, afirma.