O Governo do Paraná enviou nesta segunda-feira (26) à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) uma proposta de reajuste salarial para os professores do magistério estadual, que pode chegar a 11,31% em algumas classes. O objetivo da proposta é valorizar a carreira na rede estadual de ensino e reconhecer o empenho dos profissionais na formação dos estudantes paranaenses. A medida soma-se à nomeação de mais de 3,4 mil profissionais do último concurso público, além da previsão de nomeação de mais 1,1 mil professores em junho deste ano.
Atualmente, a rede estadual de ensino do Paraná conta com 68 mil professores ativos e 40 mil inativos, que também terão os vencimentos reajustados. Além da nova tabela de salário-base, os profissionais recebem auxílio-transporte (R$ 891,32) e gratificação de tecnologia e ensino (R$ 846,32). Com a mudança, que representa um acréscimo de até R$ 500, o menor salário para o primeiro nível na jornada de 40 horas semanais será de R$ 6,6 mil para professores da ativa. O piso nacional para a mesma carga horária, na base da carreira, é de R$ 4,8 mil.
O projeto de lei prevê reajustes nominais para professores com jornadas de 20 horas e também para os que atuam em regime de 40 horas, que são a referência. Os profissionais com carga de 20 horas semanais podem assumir aulas extras, recebendo o valor proporcional à carga horária adicional. Já os docentes que estão no topo da carreira podem alcançar uma remuneração superior a R$ 13,9 mil, considerando salário, auxílio e gratificação.
Os novos valores serão aplicados a todos os níveis e classes do Quadro Próprio do Magistério (QPM) e também ao Quadro Único de Pessoal (QUP), estrutura mais antiga que será extinta, já que os novos profissionais são incorporados ao QPM. O impacto orçamentário estimado da mudança é de aproximadamente R$ 456 milhões por ano.