Paraná

Governo do Estado lamenta a morte do escritor Dalton Trevisan

10 dez 2024 às 09:33

O Governo do Estado lamenta profundamente a morte de Dalton Trevisan, um dos maiores escritores da história do Paraná e um dos maiores contistas brasileiros, aos 99 anos, nesta segunda-feira (09). 


Dalton Trevisan foi premiado quatro vezes com o Prêmio Jabuti (1960, 1965, 1995 e 2011) e também ganhou o Troféu APCA, o Prêmio Camões e o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras. Entre seus romances estão "A Polaquinha", "O Vampiro de Curitiba", "Novelas Nada Exemplares", "Cemitério de Elefantes", entre outros clássicos. Ele também fundou a revista Joaquim. 


"Curitiba perdeu um de seus maiores escritores, Dalton Trevisan, que nos deixou aos 99 anos. Dalton cravou uma marca importante na literatura paranaense e brasileira, escreveu dezenas de livros e criou personagens icônicos", afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.


"Mestre do conto, desvendou como poucos as complexidades humanas e as angústias cotidianas da vida urbana. Dalton retratou com crueza a solidão, os dilemas morais e as contradições da classe média, com um olhar atento para os excluídos e marginalizados", afirma uma nota publicada pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná. "O Vampiro de Curitiba criou uma obra enraizada na capital paranaense, elevando suas ruas e seus bairros a verdadeiros personagens".


"Sua reclusão pública contrastava com a vivacidade de sua escrita, que permanece como um marco da literatura brasileira contemporânea. Dalton deixa um legado de rigor literário, criatividade e uma visão aguda e implacável sobre o ser humano", segue a nota.  


A nova montagem do Teatro de Comédia do Paraná, retomado pelo Centro Cultural Teatro Guaíra neste ano, estará no Festival de Curitiba em março de 2025 com uma homenagem a Dalton Trevisan. A peça "Daqui ninguém sai" é baseada em obras do curitibano e em cartas que trocou com outros artistas, com direção geral da atriz e produtora Nena Inoue.


Dalton nasceu em Curitiba em 14 de junho de 1925 e no ano que vem completaria 100 anos. Ele foi casado com Yole Bonato, que morreu em 1998, e teve duas filhas. Além de escritor, ele se formou em Direito na Universidade Federal do Paraná (UFPR).