Paraná

Governo do Paraná propõe ampliação do modelo cívico-militar para escolas em tempo integral

22 out 2025 às 07:21

O governador Carlos Massa Ratinho Junior encaminhou, na última segunda-feira (20), à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), um projeto de lei que propõe a modificação da lei original do Programa Colégios Cívico-Militares. A nova proposta autoriza que unidades de educação em tempo integral e de ensino profissionalizante possam aderir ao modelo, ampliando as possibilidades de organização das escolas para o ano letivo de 2026. Segundo o secretário da Educação, Roni Miranda, o programa atende a uma solicitação de pais e professores e tem mostrado avanços em disciplina e desempenho dos alunos.


Atualmente, o Paraná possui a maior rede cívico-militar do Brasil, com 312 colégios que atendem cerca de 190 mil estudantes. O sucesso do modelo é comprovado pelas notas do Ideb (2023): as unidades cívico-militares superaram a média estadual tanto nos anos finais do ensino fundamental (5,43 contra 5,3) quanto no ensino médio (4,75 contra 4,63). A ampliação ocorre em um cenário de crescimento do ensino integral e profissionalizante — o número de escolas de tempo integral passou de 73 em 2019 para 412 em 2025, e o ensino profissionalizante atingiu o recorde de 50.200 estudantes em 2025.


O secretário Roni Miranda destacou os benefícios da presença de policiais e bombeiros da reserva, que atuam como monitores. “Nestes colégios que já possuem uma carga horária maior de aulas, queremos somar agora os benefícios do sistema cívico-militar, que é muito procurado pelos pais e mães dos estudantes”, afirmou.


O texto do projeto mantém restrições: escolas noturnas, EJA, instituições indígenas, quilombolas e de assentamentos não poderão aderir. A nova regulamentação determina ainda que, para receber um colégio cívico-militar, o município deve contar com pelo menos duas escolas públicas estaduais.