A 2ª Vara Criminal de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, recebeu denúncia apresentada pelo Núcleo de Curitiba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, contra um investigador de polícia e um cúmplice que teriam praticado por três vezes o crime de corrupção passiva.
Conforme apurou o Gaeco, em janeiro de 2022, os denunciados teriam procurado duas vítimas de furto em sua residência, alegando que eram encarregados de investigar o crime e que tinham encontrado os objetos roubados da casa. Entretanto, solicitaram e receberam R$ 3 mil das vítimas, supostamente para custear o deslocamento até o local onde estariam os bens.
No mesmo mês, eles teriam solicitado a outra vítima a cessão de um automóvel, alegando que uma das viaturas policiais teria apresentado problemas mecânicos e que precisariam do veículo para seu deslocamento até a Delegacia e o devolveriam no dia seguinte. No entanto, só devolveram o carro após quatro dias, e sem a bateria. Alguns dias depois, teriam feito o mesmo com mais uma vítima, dessa vez ficando com o carro dela por 15 dias.
Ainda de acordo com as investigações, o cúmplice do investigador – um auxiliar de serviços gerais que cumpria pena em regime semiaberto com monitoração eletrônica – fazia-se passar por policial, inclusive portando uma arma, além de usar colete e insígnia da Polícia Civil. Na época dos crimes, o investigador – atualmente atuando em Araucária – estava lotado na Delegacia de Polícia de Almirante Tamandaré.