A chegada de um temporal de grandes proporções ao Paraná na tarde desta segunda-feira, 30, provocou novos estragos na rede elétrica das regiões Oeste e Noroeste do Estado. Mais de mil profissionais da Copel trabalham em todo o Estado para restabelecer o fornecimento de energia aos consumidores desligados. Em algumas regiões, chuvas e ventos fortes provocaram danos graves à rede, como queda de árvores e quebra de postes.
O temporal agrava a situação de municípios que já sofriam com as chuvas intensas que caíram sobre diversas regiões do Estado desde a última sexta, 27. Em diversas regiões o acúmulo de água provocou alagamentos que dificultaram o acesso das equipes da companhia à rede.
Ao todo, 66,5 mil unidades consumidoras estão sem energia no Paraná e 2,6 mil serviços emergenciais estão pulverizados por todas as regiões - dos quais 1,2 mil estão nas regiões Oeste e Sudoeste. Cada serviço emergencial representa um ponto diferente da rede elétrica que sofreu um dano e precisa ser verificado e reparado.
No momento, os municípios mais afetados são Toledo, Cascavel, Terra Roxa, Brasilândia do Sul, Guaíra, Santa Helena, Cafezal do Sul, Nova Santa Rosa, Corbélia, Palotina e Esperança Nova. União da Vitória e Prudentópolis, por conta das chuvas intensas do final de semana, também demandam grande mobilização das equipes da companhia.
ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA – A Copel reitera que, em ocorrências climáticas como esta, é importante o cuidado com a segurança, especialmente em áreas com acúmulo de água. A população deve manter distância de locais onde haja fios rompidos ou postes quebrados. Em situações de risco, o contato deve ser feito também pelo número 0800 51 00 116. A Copel informa que, dependendo do avanço das cheias, poderá desligar a energia por risco de choque elétrico.
VAZÕES - A cheia em toda a bacia do rio Iguaçu por conta das chuvas frequentes e intensas levou também ao aumento no volume de água que chega às Cataratas que, hoje (30), está com vazão próxima a 24.000 m³/s. Há tendência de queda nesse número, mas a previsão é de que a vazão média diária desta segunda-feira seja a quarta maior desde 1978, quando a Copel começou a monitorar a região. O recorde foi registrado no dia 11 de julho de 1983, que teve vazão média de 37.181 m³/s, seguido pela média de 31.390 m³/s no dia 30 de maio de 1992, e de 30.023 m³/s em 9 de julho de 2014.
COMUNIDADES RIBEIRINHAS – A Copel mantém contato permanente com a Defesa Civil, que orienta os moradores e prefeituras a respeito das providências a serem tomadas diante dos cenários registrados em cada usina. A Companhia reforça que as comunidades ribeirinhas e frequentadores dos rios devem aumentar a atenção nesses períodos de cheia. Quando as usinas estão com comportas abertas e vertendo, a correnteza aumenta tanto acima quanto abaixo da barragem e o risco de afogamentos e acidentes com embarcações também é maior.