Mais um servidor foi demitido da prefeitura de Londrina. O processo da corregedoria concluiu que o fiscal da vigilância sanitária usaria o tempo em que deveria estar trabalhando para ficar na AFML - Associação dos Funcionários Municipais de Londrina.
Rogério Lampe era técnico de saúde pública e atuava na fiscalização da vigilância sanitária. Chegou a ter cargos de diretoria anos atrás. Mas a denúncia deste comportamento chegou a corregedoria no ano passado. Depois de quase um ano de investigações ele foi demitido do serviço público. Em 19 dias a fraude no cartão ponto foi constatada. Nos anos de 2016, 2017 e 2018, ele registrou a entrada no trabalho e foi para a AFML.
O clube tem um sistema que registra o acesso à parte recreativa, o que foi usado como prova. O horário de trabalho do servidor era até as 13h e, de acordo com os registros do processo, quando vinha para o Clube, Rogério Lampe estava com o ponto aberto e fazendo horas extras. Além disso, em alguns dias ele chegava à AFML com o carro da prefeitura.
Na defesa, ele alegou que como fazia trabalho externo passava no Clube para ir ao banheiro e comer, o que foi contestado Com a demissão, o servidor não tem mais direito a recurso na esfera administrativa municipal, mas ainda pode tentar reverter a decisão na justiça.
O município não vai pedir o ressarcimento das horas extras, porque não teria como calcular a quantidade.
Reportagem: Heloísa Pedrosa
