Anderson Barbosa Carvalho, acusado de matar uma idosa no último dia 8, em Londrina, prestou novo depoimento à Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (19). O ato ocorreu após pedido da defesa. Desta vez, o indiciado por latrocínio, mudou a versão sobre o crime.
Conforme Anderson, ele matou a idosa por desespero ao ser ameaçado de despejo por conta de um aluguel atrasado. Ele era inquilino da vítima e vivia com a esposa e seis filhos em uma casa aos fundos. O acusado negou que teve intenção de roubar, contrariando o que disse em depoimento um dia depois do crime.
"Ela estava me pressionando para pagar o aluguel que tinha vencido no dia 6. Eu falei que só conseguiria pagar na sexta-feira e ela me disse que se eu não pagasse até segunda, iria me despejar. Eu entrei na residência dela para conversar e ver se ela aceitaria a minha proposta e deixar até sexta. Ela começou a ficar nervosa, me xingou e falou que se eu não tivesse condições iria me colocar na rua. Na hora do desespero, com muita bebida e droga que eu estava, eu a sufoquei", disse o acusado.
De acordo com Anderson, ele saiu com o carro da mulher porque sabia onde estava a chave, já que frequentemente a ajudava com caronas e porque queria fugir.
"Peguei o carro e saí para fuga. Olhei para o televisor e vi que tinha uma luz vermelha. Na hora do desespero, achei que era uma câmera que os filhos dela tinham implantado e imediatamente joguei o aparelho no porta-malas e saí. Depois, larguei o carro na rua”, alegou.
O acusado ressaltou que trabalhava como pedreiro e tinha dinheiro para comprar drogas. "Eu nunca roubei para usar droga. Eu não era viciado, usava uma vez ou outra. Saí do estado de São Paulo e vim para o Paraná para trabalhar, continuar cuidando da minha família. Infelizmente cometi esse erro”, falou.
Ao ser questionado sobre um inquérito enquadrado na Lei Maria da Penha, que respondeu no estado de São Paulo, Anderson contou que trata-se de uma briga que teve com a esposa. "Foi de uma discussão. Eu estava muito bêbado também”, disse.
Anderson ainda comentou sobre a acusação de que estaria assediando a idosa e teria feito uma proposta amorosa a ela. "De maneira nenhuma. Estou há quase 20 anos com a minha esposa”, completou.
O acusado permanece preso. Se condenado por latrocínio, a pena pode chegar a 30 anos de prisão.