A defesa dos policiais militares que se envolveram em um confronto em frente à UEL, em maio deste ano, rebateu a versão apresentada nesta segunda-feira (11) por mães de dois suspeitos que morreram na ação.
Segundo o advogado, os jovens que morreram eram bandidos perigosos, estavam armados e teriam resistido à abordagem da PM. “Infelizmente houve o confronto, mas os policiais agiram dentro da legalidade. O que aconteceu foi que essa quadrilha, esses três rapazes, enfrentaram a Polícia Militar e a equipe teve que disparar", afirmou Eduardo Miléo.
Conforme o advogado, os autos mostram que no dia do confronto houve um roubo de um veículo na cidade e os suspeitos estavam dentro desse carro. " Eles estavam nesse veículo roubado e muito possivelmente tenham sido os autores. O que as mães vieram dizer, com todo respeito, que a professora que foi assaltada não reconheceu os dois, isso é mentira. O que ela disse é que não conseguiria reconhecer qualquer assaltante”, contou.
Segundo as mães, os jovens não teriam participado do roubo, mas sim comprado o carro pensando que fosse "bambu" - como são popularmente denominados os veículos que possuem dívidas com financiamento.
Um dos três envolvidos sobreviveu ao confronto e teria contado uma versão diferente da PM, em que os policiais já teriam chegado atirando. O advogado contestou as alegações. "Esse menino foi questionado pela autoridade policial a apresentar o seu telefone para mostrar a comunicação entre os três durante o dia, ele não quis mostrar. O que ele está escondendo? Acho muito possível sim que tenha feito outros crimes”, disse.
A defesa dos policiais também reafirmou que os jovens eram criminosos perigosos. De acordo com ele, um dos mortos no confronto, Anderbal Júnior, filho de Valdirene, um das mães entrevistadas, teria diversas passagens por roubo e tráfico.
O caso continua sendo apurado pela Delegacia de Homicídios. “O que se tem é que todos os envolvidos eram dedicados a atividades ilícitas e isso nós temos nos autos. O processo já foi relatado e está na Justiça para que o Ministério Público possa se manifestar. Existe também um inquérito da Polícia Civil que já deve estar chegando ao seu final”, completou o advogado.