O júri do caso Eduarda Shigematsu, que seria realizado nesta quinta-feira (26), foi adiado novamente. A Justiça autorizou a reconstituição do crime, à pedido da defesa do pai da menina, que é réu no processo ao lado da avó paterna. A nova data do julgamento ainda não foi marcada.
O Ministério Público e a assistência de acusação foram contra o pedido. "Não há pertinência nem necessidade para que seja realizada essa reprodução simulada dos fatos sobretudo porque as provas que existem no processo já demonstram com bastante clareza que a autoria dos réus acusados recai sobre eles", disse o assistente de acusação, Hugo Esteves.
Segundo o advogado, o pedido só faz prolongar ainda mais a espera dos familiares por justiça. “Dá uma sensação de impunidade, causa bastante sofrimento para a família da vítima, para a mãe da Eduarda, inclusive para a sociedade de Rolândia”, declarou Esteves.
A produção do Grupo Tarobá de Comunicação entrou em contato com o Instituto de Criminalística, que informou que já recebeu o pedido de reconstituição, porém ainda vai analisar se há a necessidade do exame para o processo.
O caso
Eduarda foi encontrada morta, enterrada no fundo de uma casa que pertencia ao pai dela, Ricardo Seidi, em 2019, em Rolândia. O homem está preso desde então. Na época, ele chegou a confessar que tinha enterrado o corpo, alegando que tinha encontrado a menina morta e não soube o que fazer. Ricardo será julgado por feminicídio, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
Além dele, a avó da menina, Teresinha de Jesus Guinaia, também responde por participação no crime. Ela será julgada por ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Teresinha chegou a ser presa durante dois meses, mas foi solta e responde em liberdade.