Policial

Confronto no Jd. Paulista: viúva alega que marido foi morto por engano

22 mar 2022 às 16:00

A viúva de Fábio Brateck, morto em um confronto no Jardim Paulista na última terça-feira (15), alega que o marido teria sido morto por engano no lugar do irmão, Sérgio Brateck, que era foragido da justiça. 

A mulher, Ana Caroline Mariz, ainda faz outras acusações graves contra a Polícia Militar, dizendo que uma arma teria sido colocada junto ao ex marido para incriminá-lo. "Foi tudo uma injustiça. Foi uma coisa que não era para ele. Eles só me entregaram o documento dele quando o IML chegou. Se ele tivesse parado, se eles tivessem perguntado, eles saberiam que não era ele. Eu acreditava na justiça, hoje não acredito mais”, declarou a viúva.

Fábio Brateck, que morreu no confronto, estava em liberdade condicional. Já o irmão, Sergio Brateck, responde por roubo e homicídio, e também estava em liberdade condicional, quando rompeu a tornozeleira eletrônica e passou a ser considerado foragido da justiça. 

Segundo a PM, no dia da morte de Fábio, a polícia estava fazendo rondas na região do Jardim Paulista, após receberem a informação de que Sérgio tinha ido até o bairro e brigado com a ex mulher. Uma equipe do choque abordou o suspeito, que teria efetuado um disparo contra os policiais. A equipe da PM teria revidado, acertando o homem, que morreu no local.

“Sabedores de que ele foi preso em um passado não muito remoto com quase 13 kg de crack na cidade de Iporã, os policiais optaram por fazer o retorno na rua e fazer a abordagem. Quando isso aconteceu, o indivíduo estava em flagrante com arma de fogo e reagiu com a pistola, atirando contra os policias. Os policiais, sendo alvos do disparo, acabaram tendo que também efetuar o disparo para se protegerem, o que o levou a óbito”, disse o tenente coronel Nelson Villa, comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar.

Para o comandante, não há dúvidas sobre o confronto. Uma prova técnica seria a própria arma utilizada pelo suspeito, que ficou com duas munições presa. Isso só ocorreria quando tivesse pelo menos um tiro do dado. “Não temos condições de afirmar nesse momento se foi um ou se foram mais e no curso dessa sequência, aconteceu o incidente na arma de fogo”, disse o tenente coronel.

A família do homem morto afirma que já acionou o Ministério Público e aguarda o resultado do exame residuográfico, que pode dizer se ele tinha pólvora nas mãos ou não. O resultado indicaria se foi ele que efetuou disparos contra os policiais.