Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil para apurar a confusão em frente ao Estádio do Café envolvendo a equipe do deputado federal e candidato à reeleição Filipe Barros, e torcedores da Falange Azul. Nesta sexta-feira (16), a equipe foi ouvida e relatou que a assessora do parlamentar, além do sobrinho e do tio teriam sido agredidos por membros da torcida.
Segundo a advogada de Filipe Barros, a equipe estava distribuindo panfletos em um ato pacífico de campanha e não teria havido agressão por parte deles. “Depoimentos são todos convergentes no mesmo sentido, de que estava sendo realizada uma campanha pacífica, legítima, de distribuição de panfletos aos arredores do Estádio do Café, quando o deputado, seus familiares e seus assessores parlamentares foram covardemente agredidos por uma diferença de ideologia política”, disse a advogada Bárbara Ferrassioli.
Na próxima semana, o delegado responsável pelo inquérito deve ouvir as outras partes envolvidas e concluir a investigação. Paralelo à isso, foi aberto também pela Polícia Federal um outro inquérito pelo crime de obstrução à campanha, já que envolve um candidato às eleições. A expectativa da defesa do deputado é de que tudo seja finalizado nos próximos dias.
A confusão teria iniciado quando a equipe de Filipe Barros fazia campanha em frente ao estádio. Um vídeo mostra o sobrinho dele, de 18 anos, levando um soco no rosto. O tio do deputado, Emerson Barros, teria levado um soco na orelha ao tentar apartar a briga e um chute na perna direita. A assessora, Gabriella Ricci, teve um hematoma no braço direito. Segundo ela, teria sido um chute para que parasse de filmar.
A confusão aconteceu no fim da tarde de sábado, antes do jogo entre o LEC e a Chapecoense. Vídeos mostram um bate-boca que acaba virando pancadaria. Nas redes sociais, o deputado acusa petistas de provocarem uma agressão gratuita.
O Londrina Esporte Clube divulgou uma nota em que repudia e não tolera atos de violência nas imediações ou dentro do estádio por "torcedores " do clube. E ainda, se coloca à disposição do deputado e equipe para identificação dos agressores.
Já a torcida organizada Falange Azul diz que as acusações são falsas. Segundo a nota, a confusão começou quando um membro da equipe do deputado agrediu uma torcedora do Londrina que recusou um panfleto de campanha.
Após o ataque, essa torcedora teria sido xingada por assessores e cabos eleitorais e pelo próprio candidato. A torcida ainda afirma que outros torcedores que estavam por perto se revoltaram e foram tomar satisfações.
A Falange Azul lamentou o fato e ressaltou ser contra qualquer tipo de violência e que não há relação com questão ou opinião política, se solidarizando com a torcedora agredida. Por fim, informou que vai tomar providências jurídicas contra as informações caluniosas do parlamentar.
Em uma nota de repúdio, o PT de Londrina diz que são ataques gratuitos e descabidos do deputado federal, que busca associar o ocorrido no estádio com o PT. Lamenta a violência física e simbólica relatada por ambas as partes, relembrando as duas mortes recentes de petistas por intolerância política. Também se coloca à disposição da justiça para provar que não tem qualquer envolvimento com o episódio.