Policial

Maçarico é encontrado no teto do supermercado incendiado em Ibiporã

24 mar 2022 às 07:34

As primeiras oitivas da Polícia Civil e os trabalhos da Perícia Criminal têm apontado que o início do incêndio em um supermercado de Ibiporã teve início no teto. Um maçarico foi encontrado no local onde estava sendo realizada a manutenção e levantou suspeita que o trabalhador que morreu teria provocado o incêndio, mas tudo ainda será investigado.

“É muito cedo para afirmar isso. O que a gente tem são indícios de que o início das chamas se decorreu do trabalho que estava sendo realizado ali, inclusive foi recolhido pelo perito um maçarico que estava sendo utilizado pelo serviço de impermeabilização no teto”, disse o delegado Vitor Dutra.

Três funcionários do supermercado foram ouvidos na tarde de quarta-feira (23) pela Polícia Civil. Eles estavam dentro do estabelecimento na segunda-feira (21) quando começou o incêndio. Os depoimentos foram parecidos.

“Foi importante alguns detalhes dos depoimentos, como a velocidade com que o fogo se alastrou, que de forma unanima foi muito rápido. Não chegaram a ter tempo de combater ali o incêndio porque as chamas tomaram conta de todo o estabelecimento comercial”, explicou o delegado.

Anderson Rodrigues dos Santos, de 42 anos, estava trabalhando na impermeabilização do telhado. O corpo dele foi velado e sepultado em Ibiporã. O trabalhador era carinhosamente conhecido como Batatinha.

O incêndio ainda deixou sete feridos. O proprietário do supermercado continua internado em estado grave na UTI do Hospital Universitário de Londrina. A Polícia Civil vai ouvir novas testemunhas nos próximos dias e deve concluir o inquérito somente depois do laudo da Criminalística que deve ficar pronto em, no máximo, 20 dias. O objetivo é saber se houve algum crime.

“A gente trabalha com a hipótese de negligencia grave, imperícia grave, dependendo das circunstancias. Se ficar constatado que houve negligencia extrema que culminou com essas mortes, aí sim a gente pode pensar em uma responsabilidade penal, seja da prestadora de serviço, seja do estabelecimento comercial”, afirmou o delegado.