O policial militar Fabiano Junior Garcia, que matou oito pessoas, incluindo a esposa, três filhos e a mãe, e em seguida tirou a própria vida, em Toledo e Céu Azul, enviou um áudio pelo WhatsApp falando sobre os crimes. Familiares teriam recebido a mensagem, mas ainda não se sabe se antes ou depois das mortes.
No áudio, o PM pede desculpas e diz que não conseguiria viver sem a mulher, Kassiele Moreira, de 28 anos.
"Ela já não estava mais suportando muito o jeito que eu lidava com ela, não estava mais suportando se eu ia dar atenção pra ela ou não. E ela deixou a entender que ela não fazia questão de continuar comigo. Então, se é assim, como eu me dediquei toda a minha vida pra ela e eu dediquei de todo coração mesmo, eu desisti de pensar em qualquer outra pessoa, de pensar em pular a cerca ou qualquer coisa, pra poder dar atenção, dar valor pra ela. Em um momento de depressão, entrei nesse maldito desse jogo, para mim uma válvula de escape para a depressão e me distanciei dela. E ela se acostumou com isso. E daí agora ela disse que tanto faz, então se pra ela tanto faz, ela não quis mais ficar comigo, ela falou que possivelmente ia separar, não iria ficar comigo do jeito que eu sou, que eu sou com as coisas do meu jeito e tal, então se é assim, eu já estava querendo fazer isso mesmo, porque eu já não consigo conviver com a situação da minha mãe lá com o problema lá, eu vivo financeiramente f*".
O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, falou em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (15) que Fabiano estava em processo de separação e com dívidas, o que poderia ter sido a motivação dos crimes. Segundo os colegas de trabalho, ele era bastante tranquilo e não apresentava histórico de problemas psicológicos. Ele trabalhava na corporação há 12 anos.
O caso foi registrado na noite de quinta-feira (14) e madrugada de sexta-feira. O policial matou a esposa e a filha mais velha de 12 anos em Toledo. Depois, ele atirou contra a mãe e o irmão e atingiu dois jovens de 17 e 19 anos que passavam na rua. Em Céu Azul, Fabiano baleou os outros dois filhos, um menino de 4 anos e uma menina de 9 anos.