Policial

Mulher encontrada morta em chiqueiro seria chefe de tráfico, aponta a Polícia Civil

01 jun 2022 às 16:59

A mulher encontrada morta em um chiqueiro no último dia 25, no Residencial Flores do Campo, na zona norte de Londrina, seria comandante do tráfico de drogas na região, segundo aponta as investigações da Polícia Civil. Ela teria sido escolhida para o posto depois que o chefe anterior, Vitor Hugo Messias, conhecido como Vitinho, foi morto em confronto com a Polícia Militar em março.

Segundo as investigações, o assassinato de Angélica Clemente de Souza, de 37 anos, teria motivado o tribunal do crime realizado no Conjunto de Chácaras São Miguel, na zona sul de Londrina, na última segunda-feira (30). De acordo com a polícia, as regras internas da facção criminosa teriam sido desrespeitadas e dois primos considerados suspeitos de participação no homicídio seriam executados. “Após a morte de Vitinho, Angélica teria assumido a posição, o que gerou desavenças com outras pessoas que queriam comandar o tráfico ali no Flores do Campo. Por isso ela foi morta”, disse o delegado João Reis.

A dupla teria escapado da morte após a chegada da Polícia Militar (PM), que foi recebida a tiros e revidou deixando cinco mortos. Entre os motos, estava Geysi Graziele Vieira, de 29 anos, que seria namorada de Angélica - reforçando ainda mais a ligação do tribunal do crime com o homicídio da mulher, conforme a polícia. "A viúva da Angélica estava entre os mortos e uma das pessoas que eu estou investigando na morte da Angélica também estava no local e aí eu fiz essa ligação de tribunal do crime", contou Reis.

Os outros mortos no confronto foram identificados como Cléber Aparecido dos Santos, de 37 anos, Francisco Luciano Dias, 29 anos, e os irmãos Ana Paula da Silva, de 36 anos, e Leonardo da Silva Souza, de 20 anos.

Os primos que escaparam do "julgamento", um homem e uma mulher, prestaram depoimento na Delegacia e negaram participação na morte de Angélica. Segundo a Policia Civil, já é de conhecimento que pelo menos três pessoas participaram do assassinato, mas as equipes estão levantando quem seriam os responsáveis. “Eles alegaram que estavam no Flores do Campo e por volta das 10h30 chegou um carro e os convidou a irem até a chácara para dar uma explicação sobre a acusação", declarou o delegado.

O caso segue sendo investigado. “Os fatos estão conexos então vamos trabalhar de forma conjunta. Quanto às pessoas que morreram, estamos levantando quem elas são", completou Reis.