Policial

PM retoma buscas por suposto corpo desovado no Flores do Campo em Londrina

02 jun 2022 às 07:52

Após denúncia de que um homem teria sido decapitado e o corpo desovado no Flores do Campo, zona norte de Londrina, a Polícia Militar retoma as buscas nestas quinta-feira (2). A operação teve início na noite de quarta-feira (1), mas devido à falta de visibilidade do local, foi paralisada.

Segundo a denúncia, um boliviano ainda não identificado teria sido decapitado em decorrência de ter abusado de sua filha. Os suspeitos da morte seriam as pessoas que confrontaram com a Rotam, inclusive o casal resgatado.

Na semana passada, a PM também recebeu denúncia de que uma pessoa teria sido morta no local, mas não encontrou indícios do crime. Poucos dias depois, policiais localizaram o corpo de Angélica Clemente de Souza estava enterrado dentro de um chiqueiro.

Investigações deram conta de que Angélica seria comandante do tráfico de drogas na região. Ela teria sido escolhida para o posto depois que o chefe anterior, Vitor Hugo Messias, conhecido como Vitinho, foi morto em confronto com a Polícia Militar em março.

Segundo as investigações, o assassinato de Angélica Clemente de Souza, de 37 anos, teria motivado o tribunal do crime realizado no Conjunto de Chácaras São Miguel, na zona sul de Londrina, na última segunda-feira (30). De acordo com a polícia, as regras internas da facção criminosa teriam sido desrespeitadas e dois primos considerados suspeitos de participação no homicídio seriam executados. “Após a morte de Vitinho, Angélica teria assumido a posição, o que gerou desavenças com outras pessoas que queriam comandar o tráfico ali no Flores do Campo. Por isso ela foi morta”, disse o delegado João Reis.

A dupla teria escapado da morte após a chegada da Polícia Militar (PM), que foi recebida a tiros e revidou deixando cinco mortos. Entre os motos, estava Geysi Graziele Vieira, de 29 anos, que seria namorada de Angélica - reforçando ainda mais a ligação do tribunal do crime com o homicídio da mulher, conforme a polícia. "A viúva da Angélica estava entre os mortos e uma das pessoas que eu estou investigando na morte da Angélica também estava no local e aí eu fiz essa ligação de tribunal do crime", contou Reis.

Os outros mortos no confronto foram identificados como Cléber Aparecido dos Santos, de 37 anos, Francisco Luciano Dias, 29 anos, e os irmãos Ana Paula da Silva, de 36 anos, e Leonardo da Silva Souza, de 20 anos.