Após um criminoso atirar contra um casal levando o homem à morte na última quinta-feira (24) em um shopping de Londrina, levantou-se questionamento a respeito da segurança do local. No momento da ação, o suspeito sacou a arma e efetuou os disparos no meio da praça de alimentação e depois fugiu.
Nos shoppings não há seguranças armados, apenas vigilantes. A orientação, inclusive, é de que não reajam a assaltos ou a crimes em que o suspeito esteja armado. Segundo o especialista em segurança privada, Alexandre Saito, os funcionários são preparados para realizar a segurança de patrimônio e manter a ordem apenas.
“Não é uma segurança ostensiva para um caso como esse. Utilizando ferramentas de tecnologia facial ou detector de metal, também ajudar e contribui para a segurança das pessoas que estão ali no shopping”, explicou Saito.
Para o instrutor de segurança Daniel Martins, os vigilantes do shopping agiram corretamente ao não confrontar o atirador. “O vigilante teria colocado a vida em risco se somente com a presença física tivesse tentado impedir o elemento”, afirmou.
Segundo Martins, os vigilantes são treinados dentro das possibilidades que eles têm no momento. “Acredito eu que naquele momento os vigilantes estavam desarmados e tem que apostar na presença física. Mas nesse caso, mesmo que estivessem armados, por falta de conveniência do local não teria como efetuar disparos para tentar impedir a agressão, pensando nas pessoas que estavam à volta”, disse.
Entenda o caso
Um homem entrou na praça de alimentação e efetuou disparos contra um casal sentado em uma das mesas. O homem morreu no local e a mulher ficou ferida e foi encaminhada pelos socorristas à Santa Casa. Segundo a Polícia Civil, o crime foi premeditado.
“O que indica, pela ação do suspeito, o crime foi planejado. O suspeito efetuou os disparos sem reação da vítima”, disse o delegado Ernandes Alves.
O corpo de Marcos Vinicius Roque, de 34 anos, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal. Ele foi atingido por pelo menos três tiros. Ele tinha uma ficha extensa com várias passagens pela polícia.
“Mais de três disparos que atingiram a região do pescoço, a mão, provavelmente em reação de defesa e a região da clavícula”, disse a chefe do IML de Londrina, Cristiane Batilana.