Os imóveis de um casal de narcotraficantes, supostamente
morto em 2018, estariam sendo transferidos por integrantes de outras facções criminosas,
de Arapongas e de Mato Grosso do Sul. A investigação resultou na Operação Fauda do Gaeco em Londrina, nesta quinta-feira (4).
Foram cumpridos 10 mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão. A Operação Fauda investiga a prática dos crimes de lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa.
“Essas pessoas estão desaparecidas desde meados de 2008, e segundo informações colhidas ao longo da investigação, foram mortas por rivais no Paraguai. Elas teria sido assassinadas por guerra de facções pela disputa do tráfico. Com base nisso. Esse casal, que era milionário, deixou inúmeros bens e exercia o tráfico em grande escala”, afirma o promotor, Leandro Antunes.
Conforme o promotor, duas facções criminosas tentavam repassar os bens a nome de terceiros. “Utilizavam documentos falsos. Foram criadas CNHs, escrituras públicas e procurações em nome do casal morto e com isso a transferência de alguns bens”, ressalta o promotor.
As investigações tiveram início em maio de 2021, em Londrina, onde uma mulher foi presa em flagrante em diligência do Gaeco e da Divisão Estadual de Narcóticos, utilizando documento falso para tentar se passar pela companheira de um narcotraficante condenado.
Segundo o Gaeco, Fauda é uma expressão árabe que significa “caos” e é um jargão do exército israelense para designar as situações em que tudo dá errado.