Todos os locais
Todos os locais
Política

Câncer persiste e Bruno Covas fará imunoterapia

27 fev 2020 às 14:45
Por: Estadão Conteúdo

Resultados de uma biópsia feita na semana passada e divulgados nesta quinta-feira, 27, mostraram que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), continua com câncer na região dos gânglios linfáticos após uma rodada de oito sessões de quimioterapia. Agora, o prefeito entra em uma segunda fase de tratamento contra a doença, e fará sessões de imunoterapia possivelmente pelos próximos seis meses. Com o tratamento, Covas poderá retomar todas as atividades, inclusive se reunindo a multidões.

A imunoterapia é um tipo de tratamento que começou a ser aplicado nos últimos 10 anos e consiste em aplicações ambulatoriais de medicamentos para fortalecer o sistema imunológico, em sessões de 30 minutos. A expectativa é que, fortalecido, o próprio organismo do prefeito combata o que restou do câncer. Segundo o oncologista Tulio Pfiffer, que faz parte da equipe que atende o prefeito no Hospital Sírio-Libanês, no centro de São Paulo, "há menos efeitos adversos" com o tratamento. Covas poderá ter fraqueza ou reações que afetem o sistema linfático, mas a maioria dos pacientes não tem efeitos colaterais.

Com essa nova etapa, o prefeito poderá "paulatinamente retomar todas as atividades", segundo o infectologista David Uip, que coordena a equipe que atende o prefeito. Isso incluir a possibilidade de participar de eventos públicos, o que havia sido vedado anteriormente.

A imunoterapia foi definida após uma análise molecular genética das células cancerígenas do prefeito, que são de um tipo que responde bem a esse tratamento, segundo o diretor do centro de oncologia do Sírio, Artur Katz. "O tratamento cirúrgico não foi indicado", disse Uip, uma vez que a opção com medicação é tida como eficiente.

Covas recebeu o diagnóstico de câncer em novembro, enquanto médicos investigavam as possíveis origens para coágulos que haviam se formado em uma das pernas e migrado para o pulmão do prefeito. Havia um tumor na cárdia (a área de transição entre o esôfago e o estômago), um no fígado e um em uma das glândulas linfáticas. Inicialmente, o prefeito foi submetido a três sessões de quimioterapia, e respondeu bem à medicação. Diante disso, o prefeito fez mais cinco sessões, sendo que a última foi finalizada no começo deste mês.

Outras notícias

Tribunal Superior Eleitoral lacra sistema que será usado em urnas

Câmara aprova urgência para desoneração da folha de pagamento

Candidatos a prefeito de Londrina vão discutir pautas com artistas e produtores

Exames feitos após esse ciclo de tratamento mostraram desaparecimento dos tumores na cárdia e no fígado, mas apontaram que uma das glândulas linfáticas ainda apresentava tamanho anormal para uma pessoa com as características do prefeito. Assim, na semana passada, Covas foi submetido a uma biópsia, que colheu material daquela área, e cujos resultados estão sendo apresentados nesta quinta-feira.

Reeleição

Até o momento, não há recomendação para afastamento médico do prefeito, que não se licenciou do cargo e alternou os despachos entre seu gabinete, na Prefeitura, e seu quarto no Hospital Sírio-Libanês. Os auxiliares de Covas já contabilizam cinco partidos políticos que devem compor aliança para a disputa pela reeleição, em outubro. Covas se mantém pré-candidato pelo PSDB, mas ainda não definiu nome para vice.

Caso ele se licencie até a eleição, há acordada a dança de cadeiras na Câmara Municipal da cidade. Tanto o presidente da casa, Eduardo Tuma (PSDB) quanto o primeiro vice-presidente, Milton Leite (DEM), devem disputar eleição por um novo mandato no parlamento. Desse modo, seguindo a legislação eleitoral, não podem assumir a prefeitura caso queiram se candidatar a vereador. Assim, ambos também devem se licenciar caso Covas peça o afastamento. A Prefeitura então será assumida pelo vereador Celso Jatene (PL), que não deve disputar eleição neste ano. Jatene foi secretário de Esportes e Lazer na gestão Fernando Haddad (PT).

Na imunoterapia, não há expectativa de que Covas se interne para receber o medicamento. Em dois ou três meses, segundo os médicos, ele fará uma rodada de exames para verificar se o processo está atingindo os resultados esperados.

Veja também

Relacionadas

Política
Imagem de destaque

Oposição na Venezuela diz que Edmundo González irá assumir poder mesmo asilado

Política
Imagem de destaque

Lula se reúne com número 2 do Itamaraty para discutir tensão com a Venezuela

Política

Condenação de Trump no caso com Stormy Daniels é adiada para depois das eleições

Política

Lula participa do desfile de 7 de Setembro com autoridades dos Três Poderes

Mais Lidas

Cidade
Londrina e região

Casal de Londrina morre após um grave acidente ocorrido na PR-444 em Mandaguari

Cidade
Londrina e região

Mulher fica em estado grave após bater em poste na zona norte de Londrina

Cidade
Londrina e região

Homem é morto com facada no pescoço em Londrina; irmão é o principal suspeito

Cidade
Londrina e região

Grupo Muffato intensifica contratações para nova unidade na zona sul de Londrina

Cidade
Londrina e região

Nova onda de calor deixa Londrina em alerta laranja com temperaturas altas

Podcasts

VEJA

Podcast - Por Trás das Câmeras - EP6 - Conheça a história de Maika Martins

INOVAÇÃO

28-08-24 Podcast - ECO.TIC'NOVA - EP17 - Jean Tiago Baena (Chess IT)

INOVAÇÃO

28-08-24 Podcast - ECO.TIC'NOVA - EP16 - Vinicius Cestari (Clubmed)

Tarobá © 2024 - Todos os direitos reservados.