O Brasil relutava em subir o tom contra a ditadura venezuelana, mas nesta quinta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou não reconhecer os resultados da eleição na Venezuela, que teria eleito o atual mandatário, Nicolás Maduro.
"Até agora ninguém disse quem ganhou, quem não gosta do Maduro diz que ele perdeu [...] Ainda não reconheço, ele sabe que está devendo uma explicação para a sociedade brasileira e para o mundo", pontuou.
Lula defendeu duas alternativas para a crise: um governo de coalizão com setores da oposição ou uma nova eleição. "Se ele [Maduro] tiver bom senso, poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, convocar novas eleições, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê eleitoral suprapartidário que participe todo mundo e deixar que entrem olheiros do mundo inteiro para ver as eleições", afirmou.
O presidente brasileiro apresentou a proposta para o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, mas nada foi formalizado para apresentar a Maduro. Os Estados Unidos acompanham de perto as ações e o presidente Joe Biden deve conversar com Lula por telefone sobre a situação.
Fontes do governo afirmam que Lula deve levar a ideia de uma nova eleição ao presidente americano e pedir ajuda para pressionar a União Europeia. O presidente quer que o bloco derrube as sanções contra a Venezuela e, em contrapartida, os Europeus seriam observadores do pleito.