O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve fazer um pronunciamento oficial na noite desta quinta-feira (17) sobre a tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre os produtos importados do Brasil a partir de 1º de agosto.
Na semana passada, Lula defendeu, em publicação na plataforma X, antigo Twitter, a soberania do país e disse que é falsa a alegação do presidente norte-americano Donald Trump de que a taxação seria aplicada em razão de déficit na balança comercial com o Brasil.
“O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”, escreveu Lula. “A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo”.
Pouco após autoridades tornarem público que o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos, com sede em Washington, abriu uma investigação comercial para apurar, entre outras ações brasileiras, o estímulo ao uso do Pix, o Palácio do Planalto publicou, em perfis nas redes sociais, uma mensagem ironizando a iniciativa estadunidense.
“O Pix é nosso, my friend”, diz o perfil oficial do governo brasileiro na imagem da publicação em defesa do sistema eletrônico de movimentação financeira, criado pelo Banco Central e lançado em 2020, com a justificativa de facilitar a vida dos usuários, alavancar a competitividade e, consequentemente, baixar os custos das transações bancárias para os cidadãos.
Reunião sobre tarifaço
Nesta quarta-feira, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil – AP), e da Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre (União Brasil – AP), Hugo Motta [Republicanos-PB], já tinham assegurado que o Congresso Nacional também está unido contra o que Alcolumbre classificou como uma “agressão” por parte do governo dos Estados Unidos.
“Neste momento de agressão ao Brasil e aos brasileiros, que não é correta, temos que ter firmeza, resiliência e tratar com serenidade esta relação, buscando estreitar os laços e fazer as coisas acontecerem”, comentou o presidente do Senado.
“Estamos prontos para estar na retaguarda do Poder Executivo. Para que, nas decisões que necessitarem da ação do Parlamento, possamos agir com rapidez e agilidade”, acrescentou Motta.