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PF prende mulher e três irmãos de senador no Amazonas

20 jul 2019 às 07:55
Por: Estadão Conteúdo

A Polícia Federal cumpriu ontem mandado de busca e apreensão na residência do ex-governador do Amazonas e atual senador Omar José Abdel Aziz (PSD), em Manaus, e também prendeu três irmãos do senador e a sua mulher, Nejmi Aziz - que é vice-presidente estadual do PSD. Os quatros foram presos no âmbito da Operação Vertex, um desdobramento da Maus Caminhos, que investiga a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e organização criminosa.

De acordo com a Polícia Federal, o foco é apurar supostas entregas de dinheiro em espécie e negócios que envolveriam, entre outros instrumentos, contratos de aluguel e de compra e venda de imóveis.

A Operação Vertex cumpriu no Amazonas, em Brasília e em São Paulo 49 ordens expedidas pela Justiça Federal - sendo nove mandados de prisão temporária, 15 mandados de busca e apreensão, sete mandados de sequestro de bens móveis e 18 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas, congelando cerca de R$ 92,5 milhões.

Segundo o Ministério Público Federal, os investigados são pessoas físicas e jurídicas ligadas ao ex-governador .

Candidata

A ex-primeira-dama foi candidata a deputada estadual nas eleições do ano passado, mas não foi eleita. Na ocasião, Nejmi Aziz declarou mais de R$ 30 milhões em bens ao Tribunal Superior Eleitoral, valor quase 20 vezes superior ao de seu marido, que concorreu ao governo do Amazonas em 2018 - e que informou à Corte que possuía pouco mais de R$ 1,5 milhão em bens.

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Segundo a Polícia Federal, o Supremo Tribunal Federal (STF) desmembrou a investigação porque foram encontrados indícios de que "um ex-governador do Amazonas teria recebido vantagens indevidas" - por exercer o cargo de senador, o político poderia ter direito a foro privilegiado no Supremo.

A Polícia Federal informou que, por conta de um entendimento do Supremo - de que o foro por prerrogativa de função conferido aos deputados federais e senadores se aplica apenas a crimes cometidos no exercício do cargo e em razão das funções a ele relacionadas -, o ministro Dias Toffoli, presidente do STF, determinou a transferência da investigação ao juízo de 1.ª instância, e assim, em janeiro deste ano, a investigação foi retomada.

As defesas do senador, dos irmão dele e de sua mulher não foram encontradas até a conclusão desta edição para comentar o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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