O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que Hamas e Israel assinaram a primeira fase do plano de paz proposto pelo país. Segundo Trump, isso significa que os reféns serão libertados em breve.
“Isso significa que TODOS os reféns serão libertados muito em breve, e Israel retirará suas tropas para uma linha acordada como primeiros passos em direção a uma Paz Forte, Duradoura e Eterna. Todas as partes serão tratadas de forma justa! Este é um GRANDE Dia para o Mundo Árabe, Muçulmano, Israel, todas as nações vizinhas e os Estados Unidos da América”, escreveu Trump no Truth Social.
Ele agradeceu aos negociadores do Catar, Egito e Turquia pelo acordo. Segundo o jornal The Times of Israel, a libertação dos reféns está prevista para o próximo sábado (11).
O acordo prevê a libertação dos reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas e o recuo das tropas israelenses posicionadas na Faixa de Gaza. A assinatura do documento ocorrerá às 6h, horário de Brasília (meio-dia no Cairo), em Sharm el-Sheikh, com a presença de lideranças do Hamas, do governo israelense e emissários de Trump.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou o dia como "grande para Israel" e expressou confiança de que "com a ajuda de Deus, todos estarão de volta", em referência à libertação dos reféns israelenses.
Desafios da reconstrução e ajuda humanitária
O fim do conflito marca o início de um gigantesco desafio de reconstrução. Um relatório da ONU revela que Israel destruiu 83% dos prédios da Faixa de Gaza em dois anos de intensos conflitos. O custo total estimado da reconstrução é de 52 bilhões de dólares, tornando a assistência humanitária e o acesso a materiais de construção prioridades imediatas.
Proposta de reconstrução da Faixa de Gaza
O governo norte-americano propõe a criação de uma comissão internacional para a reconstrução da Faixa de Gaza. Trump se mostrou disposto a participar pessoalmente do processo, cogitando viajar ao Egito para assinar o acordo. O plano inclui retirada de escombros, reconstrução de moradias destruídas e criação de um governo temporário internacional, permitindo o retorno gradual dos palestinos sobreviventes.
Balanço de dois anos de guerra
O conflito iniciado em 7 de outubro de 2023 deixou uma marca profunda no Oriente Médio. Naquele dia, o Hamas atacou Israel, matando cerca de 400 pessoas e sequestrando 251 reféns. Desde então, bombardeios israelenses na Faixa de Gaza causaram mais de 67 mil mortes, a maioria de mulheres e crianças. Centenas de milhares de palestinos foram forçados a abandonar suas casas, vivendo agora em condições precárias.