Política

Vereador quer reduzir salários dos nomeados de Paranhos

25 nov 2019 às 06:27

Uma crise prolongada entre o prefeito Leonaldo Paranhos (PSC), e parte da base dele na Câmara, tomou rumos imprevisíveis.  Uma das consequências do que vereadores de situação plageiam a oposição e apontam como falta de diálogo entre eles e o alcaide, está prevista para virar realidade até terça (26).

O líder de governo, Rômulo Quintino (PSL), vem alertando o Executivo e até teve enfrentamento com o secretário Edson Zorek. O presidente do Legislativo, Alécio Espinola (PSC), e o vice Roberto Parra (MDB), também reclamam falta de compromisso e solidariedade. O vice líder da bancada, Josué de Souza (MDB),  confirmou na manhã de ontem (24), na Feira do Teatro, o que vinha sendo comentado nos corredores do Legislativo. Ele pretende protocolar projeto propondo redução nos salários do secretariado de Paranhos. A ideia é equiparar o valor bruto de R$ 15.895,00 com os 11.491,00 pagos ao parlamentar cascavelense. A redução tem simpatia de outros legisladores, podendo ser estendida aos diretores e gerentes das pastas. Existem dúvidas quanto à constitucionalidade da matéria.

Josué garantiu ao Portal Tarobá News não se tratar de retaliação,  embora confirme estar descontente com a professora Marcia Baldini,   secretária de Educação,  prestigiada no paço. Outros titulares de secretarias já criticados na tribuna são os de Obras, Adelino Ribeiro, possível demissionário até o final do ano; Desenvolvimento Econômico, João Alberto Andrade; Cultura, Ricardo Bulgarelli; Agricultura,  Nei Haveroth; e o presidente da Fundação de Esportes,  Leo Mion, outro que, conforme especulação,  avalia permanência no cargo.


Paranhos contrariado

Ao tomar conhecimento da proposta de diminuir salários dos assessores, o prefeito Leonaldo Paranhos ficou irritado.  Josué explica que deseja propor o debate e, além de ouvir os companheiros de mandato, estender a discussão aos segmentos organizados da sociedade.  Segundo alerta, o índice prudencial voltou a crescer e pode ultrapassar de novo o limite de 51,30% no final de novembro. A possibilidade já foi confirmada na imprensa pelo próprio prefeito. Outro problema é a redução de repasses federais. Na Assistência Social já foram cerca de R$ 6 milhões.