Trânsito

CMTU registra queda de mortes no trânsito em 2021

25 jan 2022 às 17:37

O número de mortes no trânsito em Londrina foi 10,29% menor em 2021 quando comparado com os números do ano anterior. Foram 61 óbitos registrados, contra 68 em 2020. Os episódios fatais envolvendo motociclistas caíram de 30 para 28, uma redução de 6,67%, enquanto a quantidade de pessoas que perderam a vida em atropelamentos passou de 19 para 20 entre um ano e outro.

De acordo com o boletim estatístico divulgado nesta quarta-feira (19) pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), o total de ocorrências recuou de 2.964 para 2.932 e o de vítimas passou de 3.518 para 3.449 (quase 70 vítimas a menos).

O levantamento revela que, dos 365 dias de 2021, 310 não computaram mortes decorrentes de sinistros nas ruas e avenidas. Ele aponta também que a cidade permaneceu 33 dias consecutivos, entre 21 de novembro e 23 de dezembro, sem qualquer óbito no trânsito.

Em 2021, a Avenida Saul Elkind não registrou acidentes fatais, enquanto no ano anterior cinco vítimas perderam a vida. No trecho urbano das rodovias que “cortam” o município, foi registrada diminuição de óbitos. Na BR-369, no ano de 2020, foram computados 12 óbitos contra 8 em 2021. Já na PR-445 (trecho urbano) o número caiu de cinco (2020) para três (2021).

Dentre os que perderam a vida, 52 eram do gênero masculino e 32 estavam na faixa etária entre os 31 e 59 anos. O segundo grupo mais predominante entre os óbitos é o com idades entre 18 e 30, seguido da parcela acima dos 60 anos. As categorias registraram 16 e 12 óbitos, respectivamente.

Queda de óbitos nos últimos sete anos:

O balanço da CMTU indica ainda que as ocorrências fatais caíram 39% (39 óbitos a menos) entre 2015, segundo ano em que a companhia passou a reunir as informações do Siate, Instituto Médico-Legal (IML) e Polícia Civil relativas ao trânsito, e 2021.

Foram 100 mortes em 2015; 90 em 2016 e 2017; 83 em 2018; 71 em 2019; 68 em 2020 e, finalmente, 61 no último calendário analisado.

Análise - Na avaliação do diretor de Trânsito da CMTU, major Sergio Dalbem, a redução nos números – gradual – expressa o compromisso da administração em tornar o dia a dia das ruas mais seguro e humanizado. De acordo com ele, a preocupação com a segurança começa pelos projetos viários, que desenham as vias de modo a evitar longas retas e curvas que propiciem o excesso de velocidade.

Em seguida vem a execução das obras e da sinalização, que garante a fluidez do tráfego, orienta condutores e pedestres e embeleza o tecido urbano. Outra peça-chave para compreender a melhora nos indicadores é a fiscalização, que coíbe infrações e o abuso do acelerador, principais responsáveis pelos acidentes e óbitos.

Realizada pelos agentes de trânsito da CMTU, Guarda Municipal (GM), Polícia Militar (PM), polícias rodoviárias Estadual e Federal (PRE e PRF), além dos dispositivos de fiscalização eletrônica, as atividades ocorrem de forma individual ou conjunta, visando sempre a preservação da vida.

Para Dalbem, a população londrinense, por meio do respeito às leis de trânsito e da participação em blitze e campanhas educativas, também teve papel fundamental na diminuição das mortes. Ao lado da sociedade, segundo ele, estão serviços como o Samu, o Siate e o atendimento prestado pela rede hospitalar, que não medem esforços em socorrer e tratar os acidentados.

“No trânsito, os bons resultados dependem de ações de vários setores, com o mesmo objetivo de diminuir a gravidade dos acidentes. Sabemos que ainda há muito a ser feito, mas nossos resultados são consistentes e os números evidenciam que estamos no caminho correto”, comemorou o diretor.

Números – Além das informações sobre a violência viária, a CMTU divulgou levantamento das ações realizadas ao longo do ano passado. Entre janeiro e dezembro, foram demarcados mais de 150 mil m² de sinalização, com 9 novos semáforos implantados e cerca de 1.500 manutenções efetuadas nos aparelhos já existentes.

O serviço de guincho, cuja operação teve início em 26 de julho, encaminhou ao pátio do Município 643 veículos irregulares e sucatas de automóveis. As atividades de conscientização somaram 131 intervenções entre cursos, palestras, blitze e os trabalhos da Semana Nacional do Trânsito e do Maio Amarelo.

Em 2021, a cidade contabilizou 226.969 infrações, sendo 124.650 por excesso de velocidade. Ultrapassar o limite da via em até 20% foi a falta mais cometida no ano, com 74.467 registros. Acelerar o veículo entre 20 e 50% acima do permitido vem na segunda colocação, com 18.962 multas emitidas, seguido do avanço de sinal vermelho, com 13.925 casos.

Deste total de infrações, aproximadamente 20 mil foram convertidas em advertências de acordo com a nova lei de trânsito (n° 14.071/2020). O benefício é concedido apenas para estas infrações (leves e médias) e para motoristas que não tenham infrações registradas na CNH nos últimos 12 meses.