A morte de um homem após uma colisão com um cavalo na PR-445 na madrugada de domingo (20) mobilizou o movimento dos Direitos Humanos, já que desde 2019, uma lei municipal proíbe a circulação de animais de grande porte em Londrina. A secretaria do Ambiente garante que está fiscalizando e recolhendo os cavalos.
A morte de Reginaldo Vitoriano foi a terceira em pouco mais de um ano em acidentes envolvendo animais em Londrina. O motociclista bateu contra um cavalo e morreu na hora.
De acordo com o representando do movimento dos Direitos Humanos de Londrina, Carlos Santana, um ofício foi encaminhado à Sema, CMTU e Guarda Municipal. “Não obtendo resposta no período normal, a gente encaminhou ao Ministério Público, que é quem cobra o Estado do cumprimento dessas questões. Não obtendo respostas, encaminhamos também à corregedoria, inclusive o corregedor recebeu um pedido de providências para solucionar os casos de animais soltos. A partir daí, começaram a ocorrer acidentes com mortes”, disse.
O primeiro ofício foi encaminhado ao poder público no ano de 2019. São vários locais da cidade com cavalos soltos. “Muito cavalo, bois, cabrito, tem até porcos nas áreas de ocupação. Essas sim, tem uma forma muito ruim de urbanismo, e é isso que queremos cobrar, que tenham responsabilidade pela vida humana”.
Uma lei municipal de 2019 proíbe a circulação de animais de grande porte em Londrina. A Sema garante que tem feito fiscalização e que somente neste ano, 30 animais foram recolhidos. “Depois da apreensão, o animal vai para um pasto, é chipado, se precisar de tratamento veterinário ele recebe e depois é doado”, disse a diretora de Bem-Estar Animal, Graziella Santana.
“A população que encontrar um animal de grande porte pode entrar em contato com o 153 que a empresa terceirizada será encaminhada para fazer a apreensão desse animal”, afirmou Graziella.
Segundo informações da Polícia Rodoviária Estadual, caso o dono do cavalo envolvido no acidente com Reginaldo seja encontrado, ele responderá criminalmente pela morte do motociclista. “Com certeza será intimado e processado e terá que arcar com os custos do veículo que acabou atropelando”, disse o subtenente Alves.