A Câmara dos Vereadores de Londrina, discutiu, em reunião, na manhã desta quarta-feira (06), os anseios dos futuros moradores selecionados para o empreendimento Alegro Village.
O residencial ainda não foi finalizado e, considerando as recentes tentativas de invasão ao local, os contemplados temem não conseguir usufruir dessas moradias.
A reunião contou com a participação dos vereadores, do presidente da Cohab, Bruno Ubiratan, e de forças de segurança, como a Polícia Militar (PM) e a Guarda Municipal (GM).
Em 2017, 144 famílias foram selecionadas, pelo Programa Minha Casa Minha Vida, para morar no empreendimento, mas os atrasos nas obras de conclusão impediram essa mudança.
Diante dos atrasos, a Caixa Econômica Federal fez uma revisão das famílias contempladas, para verificar se já não havia contemplações de outros programas habitacionais beneficiando essas mesmas pessoas.
Neste meio tempo, as obras seriam finalizadas e a entrega realizada.
Diante deste cenário, a Cohab reforçou o alerta para que as pessoas contempladas não participassem das invasões, sob pena de perderem os benefícios.
Nossa equipe de reportagens conversou com futuros moradores, que estiveram presentes na reunião desta quarta, e eles afirmaram não estarem envolvidos nas invasões do último final de semana.
Os moradores contemplados, presentes na reunião, inclusive, levaram reivindicações.
A primeira delas é para o reforço do patrulhamento, para impedir que pessoas invadam o local; a segunda, é para que a Caixa Econômica Federal troque a construtora responsável pelo empreendimento.
Rodrigo da Silva, morador contemplado, conta que está há 15 anos nessa espera: “moro de aluguel e a gente necessita da moradia, né? É um sonho que ‘tá’ se tornando um pesadelo. Com o risco de invadir a gente não sabe o que pode acontecer”.
Wellington Batista, cozinheiro, diz que “se acontecer de ter uma invasão, nós podemos ter confrontos com as famílias e não queremos isso, só queremos a nossa casa, por direito”.
Ao final da reunião ficou certo de que as forças de segurança se comprometeram em reforçar o patrulhamento no local.
A Caixa Econômica preferiu não se manifestar sobre o caso.