Há três meses, comerciantes da Rua Espírito Santo, no centro de Londrina, tem observado um líquido esbranquiçado invadir o meio-fio e a calçada. Seria o resíduo de tinta, vindo de um edifício que está passando por reforma, próximo a galeria onde estão as lojas.
"Eles estão fazendo a evasão da tinta pelo sistema de água pluvial, ou seja, água da chuva. A rede de água da chuva está jogando essa sujeira de tinta aqui no meio fio, o que provoca um crime ambiental e também causa todo esse transtorno", explicou o professor Sergio Campina.
Os comerciantes se queixam da sujeira, que incomoda e causa transtornos. Eles pedem que alguém tome providências, porque até mesmo os clientes já teriam reclamado da situação, ao pisarem no resíduo.
"O problema é o descarte da tinta. Estão descartando por um meio que está nos prejudicando. Está afetando a calçada, as lojas. Quando chove, essa tinta entra dentro da loja", contou o empresário Arnold Rogges.
Nossa equipe procurou o síndico do edifício, que não pode gravar entrevista, e orientou a entrar em contato com o engenheiro responsável.
Ele explicou que o resíduo da obra vai para a calçada porque a sarjeta é baixa. Também é possível observar que o local não tem bueiro para onde liquido possa escoar.
O engenheiro informou que os funcionários se disponibilizaram a lavar o local. A limpeza deve ser feita até o final do mês com a conclusão dos trabalhos.
Outra preocupação dos lojistas é ambiental. A Sema informou que se a lavagem e escoamento inadequados dos resíduos de tinta forem considerados inadequados, podem gerar auto de infração e até mesmo aplicação de multa.
Em nota, o CREA disse que fiscaliza casos de pintura em área externa com instalação de andaime, balanço ou outra estrutura que sirva de suporte para a atividade. O órgão informou que nenhuma denúncia foi registrada contra o edifício. Ainda assim, um fiscal foi até o local na tarde dessa quarta-feira (18) e um relatório deve ser elaborado com o que foi constatado.