Obras

Conselho Municipal do Meio Ambiente questiona obras do Contorno Leste

13 nov 2023 às 15:11

O Conselho Municipal de Meio Ambiente (Consema) questionou a Prefeitura de Londrina sobre os impactos socioambientais das obras do Contorno Leste para a região.


Nos documentos encaminhados para a prefeitura, a Secretaria de Infraestrutura e Logística e ao Ministério dos Transportes, membros do Consema querem saber quais são as garantias que a fauna silvestre, de toda área, terá. 


As pistas passarão por uma área que compreende dez afluentes, entre córregos e rios, e também o Parque Daisaku Ikeda que é protegido por lei.


Jonas Pugina, presidente do Consema, comenta que tais questionamentos são necessários "para não acontecer, lá na frente, um erro que poderíamos ter evitado".


O Contorno Leste é considerado de extrema importância para região norte do Paraná.


Para quem depende da PR-445 e BR-369, rodovias de acesso aos estados de São Paulo e Mato Grosso, o novo caminho será fundamental.


O projeto prevê a ligação das duas rodovias por uma estrada com quatro pistas, passando por trás das regiões conhecidas como Usina Três Bocas e Limoeiro, entre as zonas sul e leste, chegando em Ibiporã.


O novo sistema viário visa desafogar não só a PR-445 e br-369, mas também algumas vias importantes na área urbana como a Avenida Dez de Dezembro.


O Conselho entende a importância da obra, porém existe a complexidade ambiental, envolvendo a abertura das pistas - o que gera dúvidas quanto a inclusão de medidas protetivas ao meio ambiente.


"É o momento de se fazer orçamento e, para o orçamento, é necessário prever os estudos relativos às alternativas para garantir a salvaguarda daquele contexto ambiental que é muito rico" pontua Jonas.


O investimento inicial para implantação do Contorno Leste será de R$ 60 milhões e o Consema quer saber se, dentro do orçamento, existem recursos para proteger o meio ambiente, bem como passagens subterrâneas, entre as quatro pistas, para os animais.


"Esses animais não podem ser restritos a pequenas zonas, porque isso pode impactar na reprodução, na dinâmica, no contexto ambiental e a gente pode perder uma riqueza que nunca mais seria reposta" afirma Jonas.