Londrina chega aos 91 anos de emancipação política consolidada como uma cidade jovem, vibrante e em constante expansão. Criada para receber cerca de 30 mil habitantes, o município hoje se aproxima dos 600 mil moradores e segue crescendo em ritmo acelerado, reforçando a vocação histórica de acolher novos povos e oportunidades.

A historiadora Eliane Candoti explica que o impulso para esse desenvolvimento começou no ciclo do café, período decisivo para atrair investimentos, migrantes e consolidar Londrina como o principal projeto da Companhia de Terras do Norte do Paraná. Segundo ela, a cidade foi impulsionada por uma estratégia de divulgação ousada e pela implantação da ferrovia, fatores que ampliaram rapidamente a população e a economia.

Candoti lembra que Londrina logo ganhou o título de “cidade da promessa”. Para ela, esse espírito permanece vivo, especialmente diante do crescente fluxo de pessoas que chegam em busca de trabalho, estudo e novas perspectivas. A forte especulação imobiliária e o dinamismo do mercado de emprego são exemplos dessa vitalidade.

Outro traço marcante é a diversidade cultural, resultado da presença de imigrantes italianos, japoneses, poloneses, alemães e de brasileiros vindos de vários estados. Essa mistura aparece na gastronomia, no turismo, na educação e na formação universitária que tornou a cidade um dos polos acadêmicos mais importantes do Sul do país.

Ao projetar o futuro, a historiadora destaca que Londrina precisa manter foco em pilares essenciais como educação, saúde, cultura e infraestrutura. Ela afirma que, mais do que crescer, a cidade deve avançar em qualidade de vida para que continue sendo referência em desenvolvimento e oportunidades.