De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), 2024 foi o ano mais quente já registrado no Brasil desde o início dos levantamentos, em 1961. A média das temperaturas no país atingiu 25,2°C, superando a média histórica de pouco mais de 24°C.
Especialistas apontam uma soma de fatores como responsáveis pelo aumento. O El Niño, fenômeno climático que em 2024 apresentou intensidade de forte a muito forte, teve papel significativo.
Além disso, o climatologista da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro) destaca que questões de longo prazo, como emissões industriais de gases de efeito estufa, uso de combustíveis fósseis, queimadas e mudanças na circulação atmosférica de grande escala, também contribuíram para o cenário.
O ano foi marcado por ondas de calor intensas e um período de queimadas excepcionalmente longo, de junho a novembro.
A seca na Amazônia e alterações nos sistemas atmosféricos, como a alta subtropical do Atlântico Sul e a zona de convergência do Atlântico Sul, agravaram ainda mais a situação.
O fenômeno climático global não é isolado. Desde 2023, o mundo registra sucessivamente os meses mais quentes da história, o que ilustra o avanço da chamada emergência climática.
Segundo especialistas, mudanças esperadas para a década de 2050 já estão ocorrendo, sinalizando um futuro de catástrofes climáticas mais severas.