Com 369 candidatos a vereador disputando as vagas na Câmara de Cascavel, surge a pergunta: como se elege um vereador? Ao contrário do que muitos pensam, não são sempre os mais votados que garantem uma cadeira. O sistema proporcional, que rege essas eleições, é complexo e exige um entendimento claro.
O cientista político Marcelo Navarro destaca dois conceitos cruciais: o quociente eleitoral e o quociente partidário. O quociente eleitoral é calculado pela divisão dos votos válidos pela quantidade de vagas disponíveis. Por sua vez, o quociente partidário é obtido dividindo o total de votos de um partido pelo quociente eleitoral.
Luciano Katarinhuk, membro da Comissão Eleitoral da OAB, explica que as sobras de vagas são contabilizadas para garantir que todos os assentos no legislativo sejam preenchidos.
Uma alteração aprovada em 2021 será utilizada pela primeira vez nas eleições municipais, visando evitar que candidatos com muitos votos puxem para a cadeira aqueles com desempenho muito abaixo.
Caso ainda haja vagas, a lei prevê que as cadeiras restantes sejam distribuídas aos partidos que apresentarem as maiores médias. Esse novo modelo, segundo Marcelo Navarro, tem como objetivo fortalecer os partidos políticos.
Na hora da votação, todo esse processo será automático no sistema da Justiça Eleitoral, dispensando cálculos manuais. O importante para o eleitor é escolher com consciência e aguardar o resultado, que definirá os representantes pelos próximos quatro anos.