O Aeroporto de Londrina (LDB) enfrenta o desafio de reativar o movimento de passageiros após a pandemia, buscando se aproximar do pico de 1 milhão de viajantes anuais registrado em 2019. No programa Conexão Tarobá, o apresentador Fernando Brevilheri conversou com o professor e arquiteto André Silvestre, da UEL, que destacou que a recuperação está em curso, com a movimentação atingindo cerca de 720 mil passageiros.
O especialista ressaltou a relação direta entre o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade e a aviação. Na aviação, a proporção é de que se o PIB sobe um ponto, o movimento aéreo sobe dois, e vice-versa, o que torna o desenvolvimento econômico da cidade crucial para a alavancagem do aeroporto.
A malha aérea e a concessão
O aeroporto, agora administrado pela concessionária Motiva, precisa lidar com a complexidade da malha aérea nacional. O professor explicou que as companhias aéreas ajustam seus voos com base em planilhas que exigem alta ocupação de assentos.
Além disso, a diferença de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no querosene de aviação, que é de 18% no Paraná contra 12% em São Paulo, encarece o custo da passagem em até 40%, influenciando as companhias a abastecerem em Guarulhos.
O desafio da pista de táxi e o ILS
Dois pontos cruciais de infraestrutura foram debatidos:
Pista de Táxi: Londrina teve sua pista de táxi (taxiway) descomissionada (desativada) devido a novas regulamentações internacionais. Isso obriga as aeronaves a utilizarem a pista de pouso e decolagem para manobrar, causando congestionamento e atrasos. Embora a construção de uma nova pista de táxi não esteja no escopo imediato da Motiva, o especialista adiantou que o município, em articulação com empresários, busca um “plano B” com previsão de anúncios em breve para resolver o problema.
ILS (Sistema de Pouso por Instrumentos): A instalação do ILS, que foi conseguida por meio de articulação política, é prometida para 10 de dezembro. O equipamento auxiliará a aviação nos dias de chuva e baixa visibilidade, trazendo o avião a uma distância de 500 a 600 metros da pista. Contudo, ele não é totalmente “milagroso” e possui limitações em condições meteorológicas extremas.