Durante a gestação, alterações hormonais, como o aumento do estrogênio e da progesterona, podem provocar inchaço na mucosa nasal e na garganta, gerando sensação de pressão nos ouvidos. Além disso, a anemia, comum na gravidez, pode causar falta de oxigenação nas estruturas auditivas, enquanto o inchaço corporal e a pressão alta, especialmente em casos de pré-eclâmpsia, podem comprometer a irrigação sanguínea dos ouvidos.
A fonoaudióloga Michele Vieira epxlica que sintomas como zumbido, sensação de ouvido tampado e tontura também podem surgir, sendo importante a procura por um especialista caso o zumbido se torne constante.
Em casos mais graves, a otoesclerose, uma doença hereditária caracterizada pelo crescimento anormal do tecido ósseo no ouvido, pode se manifestar ou piorar durante a gravidez. Esse crescimento endurece os ossículos responsáveis pela transmissão do som, resultando em perda auditiva e zumbido. O tratamento mais comum é cirúrgico, porém contraindicado para gestantes devido aos riscos para o bebê. Nesses casos, o uso de aparelho de amplificação sonora individual (AASI) é recomendado como alternativa temporária até o pós-parto.