Você já passou pela experiência de estar conversando com alguém e, de repente, a pessoa simplesmente para de responder? O termo que define esse fenômeno é ghosting, conhecido popularmente como “levar um vácuo”. No Quarta Delas desta semana, o Vitrine Revista recebe convidadas especiais para conversar sobre o ghosting e como lidar com essa rejeição repentina.
A professora de inglês Carolina Cantoni explica que o termo ghosting vem da palavra “fantasma” em inglês, e se refere a quando alguém desaparece da vida virtual ou real de outra pessoa sem explicações ou avisos — ou seja, vira um “fantasma”. Segundo ela, o termo se popularizou com as interações sociais na internet, marcadas por momentos intensos de conversa seguidos de sumiços abruptos.
Nos consultórios, é comum ouvir queixas sobre esse comportamento, que tem se tornado cada vez mais frequente. A psicóloga Mariana Finco destaca que muitas pessoas têm dificuldade em lidar com rompimentos e em dar justificativas de forma direta. Por isso, evitam a responsabilidade afetiva e recorrem ao ghosting como forma de fugir de discussões ou de explicar os motivos do término. Ela ressalta que, com o avanço da tecnologia, as relações têm se tornado mais descartáveis — basta cansar de alguém para seguir em frente.
A doutora em Educação e terapeuta Nanda Cunha complementa dizendo que, muitas vezes, a atitude do ghosting diz mais sobre quem o pratica do que sobre quem foi deixado. Por isso, é essencial entender que nem sempre a atitude do outro é algo pessoal — há inúmeros motivos para o rompimento de uma conversa. A terapeuta alerta ainda que a internet cria a ilusão de que a pessoa do outro lado da tela não se importa, mas o silêncio pode machucar e gerar um sentimento de rejeição que precisa ser compreendido e superado.
Assista ao vídeo e entenda mais sobre o ghosting!