Você tem herpes? Aquelas bolhinhas de água que começam a coçar, arder e, de repente, evoluem para feridas visíveis na boca ou em outras partes do corpo podem ser sinais da infecção. É algo incômodo e que ainda causa um aspecto visual desagradável. Para entender quais são os tipos de herpes, como identificar os sintomas e quais são os possíveis tratamentos, o Vitrine Revista de hoje recebe o infectologista Diogo Rossi.
Existem dois tipos de vírus causadores do herpes: o HSV-1, responsável pelo herpes simples, e o HSV-2, causador do herpes genital. De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, entre 13% e 37% das pessoas infectadas por esses vírus apresentam sintomas.
Os vírus do herpes possuem alta circulação na população mundial. Mesmo que a maior parte dos infectados não desenvolva sintomas, os HSV podem permanecer no corpo em estado de latência vitalícia. Eles se alojam nas raízes nervosas, o que impede que o sistema imunológico os elimine completamente.
Ambos os vírus (HSV-1 e HSV-2) podem provocar lesões em diferentes partes do corpo. Porém, em geral, o HSV-1 afeta a boca, nariz e olhos, enquanto o HSV-2 costuma acometer pênis, vulva, ânus e nádegas.
Os primeiros sintomas podem surgir até seis dias após o contato com o vírus. Os sinais iniciais são ardor, coceira e formigamento. Em seguida, podem aparecer manifestações como:
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Lesões avermelhadas com pequenas bolhas dolorosas na região genital ou anal, com aspecto de buquê;
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Febre, mal-estar, dores no corpo e ardência ao urinar, com ou sem retenção urinária;
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Ínguas dolorosas na região da virilha.
Nas mulheres, quando a infecção atinge o colo do útero, é comum haver corrimento vaginal. Nos homens, o acometimento da uretra também pode provocar corrimento. Em ambos os casos, o quadro pode durar de duas a três semanas.
Em pessoas imunocompetentes, as bolhas se rompem após alguns dias, formam crostas e cicatrizam. Já em imunossuprimidos (como pessoas com diabetes, Aids e outras condições), as lesões podem se agravar, sendo necessária avaliação médica.
Com o tempo, as lesões desaparecem, mas isso não significa cura. O vírus permanece no tecido nervoso, aguardando uma nova oportunidade para reativar.
Ao apresentar qualquer sintoma, é recomendado procurar um serviço de saúde para diagnóstico adequado. Somente com avaliação clínica é possível indicar o tratamento correto.
As lesões podem desaparecer espontaneamente, porém, quanto mais cedo o paciente receber a medicação específica, mais rápido os sintomas costumam regredir.
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