O Vitrine Revista de hoje abraça uma causa muito especial: o Novembro Roxo, campanha que convida a olhar com mais carinho para as histórias de força de tantas famílias que vivem a experiência da prematuridade. Para explicar mais sobre o tema, o programa recebe o neurocirurgião pediátrico Dr. Alexandre Canheu.
No Brasil, 1 a cada 10 nascimentos ocorre antes das 37 semanas, colocando o país entre os dez com maior número de partos prematuros no mundo. Em 2022, foram registrados 303.447 nascimentos prematuros, e os dados preliminares de 2023 apontam uma pequena redução, com 303.144 casos.
O especialista explica que a prevenção do parto prematuro é essencial para reduzir a mortalidade infantil e depende, principalmente, de um pré-natal de qualidade, ofertado pela Atenção Primária à Saúde (APS), com acompanhamento contínuo pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e encaminhamento à atenção especializada quando detectada uma gestação de risco. Quando o nascimento prematuro ocorre, é fundamental que esses bebês recebam cuidados intensivos e acompanhamento rigoroso para diminuir a morbimortalidade neonatal.
Embora muitos bebês prematuros se desenvolvam bem, o parto antes das 37 semanas pode expor o recém-nascido a diversas intercorrências devido à imaturidade dos órgãos e sistemas. As principais complicações incluem dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, gastrointestinais, imunológicos, além de possíveis alterações oculares, auditivas e no sistema nervoso central.
O neurocirurgião pediátrico reforça que as principais causas da prematuridade envolvem condições maternas, gravidez na adolescência, histórico de parto prematuro, gestação múltipla, além de fatores relacionados ao estilo de vida, como uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, além de pré-natal inadequado e infecções. A realização de exames de imagem e de sangue durante o pré-natal permite identificar precocemente condições de saúde materna e fetal que podem ser tratadas para evitar complicações.
Assista ao vídeo e entenda mais.