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Cotidiano

Cresce liderança das mulheres nos negócios agropecuários

21 out 2020 às 18:18
Por: Sirlei Benetti

Segundo o último Censo Agropecuário divulgado em 2017 pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 19% dos estabelecimentos agropecuários no Brasil são comandados por mulheres. O número aumentou desde o censo anterior, em 2016, quando elas comandavam 13% das propriedades rurais do País.

As mulheres também estão ao lado dos maridos fazendo a gestão compartilhada e tomando as decisões nas propriedades. Em 20% dos mais de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários, o casal define unido.

Nessa estatística está uma produtora rural de Cruz Machado, no Sul do Paraná. Juliana Mikolaiewski Dziurza, de 30 anos, decide junto com o marido o futuro da propriedade que sustenta a família. Ela recebe assistência técnica do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná) há pelo menos cinco anos. Os profissionais a ajudaram a investir na infraestrutura da propriedade e na diversificação da produção.

“Eu nasci no campo e nunca quis sair do meio rural. Trabalhando aqui, sempre vi a necessidade de as mulheres tomarem um pouco mais a frente dos negócios e não só dos cuidados da casa. Nós temos uma visão diferente, porque conseguimos observar coisas que passam despercebidas aos olhos dos homens. Então, eu achei que poderia dar certo dividir o comando da propriedade com o meu marido”, conta a produtora rural.

MAIS GESTÃO - Juliana recebeu orientação para começar com a atividade leiteira, trabalhar com fruticultura e com olerícolas. “Eu tive o apoio do IDR-Paraná desde o início recebendo orientação, participando de cursos de formação e da assistência técnica. Isto melhorou bastante o trabalho na propriedade”, avalia.

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A atuação do IDR foi além dos serviços de assistência técnica, pois a produtora destacava-se também à frente da Cooperativa Agroecológica Vale do Iguaçu – Cooavi, que tem 55 cooperados produtores de hortaliças orgânicas e é assistida pelo IDR-Paraná, por meio do Programa Mais Gestão.

“Ela já tinha um acompanhamento da extensão rural. Isto fortaleceu a atividade produtiva até para se destacar e assumir um papel de liderança em um empreendimento coletivo importante para a região de União da Vitória e para o município de Cruz Machado”, destaca a economista doméstica do IDR-Paraná, Francieli Gervasoni.

EXEMPLO - A visão da economista doméstica, neste caso, foi preparar Juliana para se tornar uma mulher exemplo para as demais não só na cooperativa, quando ela se tornou presidente, mas também no meio rural, como produtora e exercendo um papel estratégico nos locais onde atua.

“Nosso papel de extensionista é de fortalecer cada vez mais a liderança da Juliana porque ela está à frente de um empreendimento coletivo, que tem uma importância tanto no mercado institucional quanto no mercado privado, porque eles fazem a venda das olerícolas”, diz a extensionista.

Até chegar à presidência da cooperativa, Juliana encontrou alguns percalços. “Eu já ouvi questionamentos de outras mulheres sobre o porquê de eu estar fazendo algo, já que aquilo não era coisa para mulher. Só que eu vejo com outros olhos. Eu enxergo que a gente é capaz. E a hora que a gente começa a liderar, em que a gente começa a puxar outras mulheres junto, elas também passam a agir diferente e a acreditar em si mesmas, porque elas percebem que são capazes”, afirma a agricultura.

PEDAGOGIA - Agora, ela começou a cursar Pedagogia para aumentar o conhecimento, já que a ideia é não sair da propriedade tão cedo. “Eu gosto de desafios e me formar na faculdade é também um. Quando eu comecei a atividade leiteira aqui, meu marido não acreditava. Peguei esse desafio para mim. Fui participando de cursos, fui aprendendo, hoje até faço inseminação”, comemora a produtora.

Atualmente, ela produz e comercializa em torno de 200 quilos mensais de morango orgânico para os mercados privado e institucional. Alface, brócolis, couve flor, cenoura, beterraba, tomate, pepino e abobrinha representam outros mil quilos por mês.

Para a economista doméstica, modelos como o da Juliana são vistos em muitas regiões do Estado, mas podem ser multiplicados. “A gente fica muito feliz quando vê exemplos de mulheres na produção e em um papel mais estratégico”, celebra Francieli.

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